24/Oct/2024

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o objetivo da Plataforma Brasil de Investimentos Climáticos e para a Transformação Ecológica (BIP), lançada nesta quarta-feira (23/10), em Washington (EUA), é potencializar os R$ 55 bilhões que o governo já alavancou para a agenda de transição climática e ecológica doméstica. Desse montante, R$ 45 bilhões foram mobilizados em financiamentos a projetos sustentáveis na primeira operação do EcoInvest, programa de hedge cambial e que visa a atrair recursos para projetos sustentáveis de longo prazo, lançado em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Os outros R$ 10 bilhões vieram do Fundo Clima.

Essa plataforma tende a potencializar esses números, porque às vezes tem um investidor e não tem um projeto. Às vezes, tem um projeto e não tem um investidor. Então, a plataforma proporcionará um ‘match’ entre essas duas pontas e com o financiamento inclusive externo. A ministra do meio ambiente, Marina Silva, afirmou que a intenção é ampliar o número de projetos na plataforma. Todos receberão uma espécie de 'selo verde' do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A tendência é que os projetos sejam ampliados, inclusive pensando na questão de como puxar também o programa de agricultura de baixo carbono, que pode estar perfeitamente dentro da plataforma. Questionado sobre a dificuldade de avançar com a agenda de transição ecológica no Congresso, Haddad listou as medidas aprovadas neste ano. O Congresso aprovou o hidrogênio verde, o biocombustível, vai aprovar o crédito de carbono, e a taxonomia vai ficar pronta até o final do ano. O ministro afirmou ainda que todos gostariam que a agenda de transição ecológica e climática "andasse mais rápido". Mas, não dá para negar que em dois anos, depois de um período de negacionismo, o Congresso fez bastante. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.