22/Oct/2024

O governo brasileiro conseguiu alavancar R$ 45 bilhões em financiamentos a projetos sustentáveis na primeira operação do EcoInvest, o programa de hedge cambial cujo objetivo é atrair recursos para projetos sustentáveis de longo prazo, lançado em novembro do ano passado em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o montante já alcançado foi mobilizado a partir de um aporte de R$ 7 bilhões no instrumento de ‘blended finance’, descrito como uma PPP do crédito, um financiamento que combina capital público e privado.

O anúncio da primeira operação foi feito durante o lançamento, no dia 17 de outubro, do programa Acredita, que tem no EcoInvest uma de suas fontes de crédito. O presidente do BID, Ilan Goldfajn, classificou o primeiro leilão como “muito encorajador” por confirmar o interesse do mercado pelo instrumento. O EcoInvest oferece proteção cambial a investimentos estrangeiros em projetos sustentáveis de longo prazo no País, e é uma das apostas da equipe econômica para reduzir riscos associados à volatilidade do câmbio e, com isso, atrair mais capital externo.

Haddad fez referência à primeira operação do Ecoinvest ao salientar que o Acredita cobre desde o brasileiro de baixa renda, que está no Bolsa Família, ao megaempresário, que precisa de hedge cambial. A cada R$ 1,00 do setor público, os financiadores do setor privado entram com no mínimo R$ 6,00 para que os recursos sejam viáveis a juros baixos nos empreendimentos da agenda de transformação ecológica. Vale para SAF (combustível sustentável de aviação), para economia circular, para biocombustível, para energia eólica e solar, para qualquer coisa que tenha a ver com o futuro do País e que está na transformação ecológica. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.