22/Oct/2024
O Salão Internacional da Alimentação (Sial) Paris iniciou no sábado (19/10) a edição 2024, comemorativa aos 60 anos da sua primeira realização, com parte das suas atenções voltadas à indústria de alimentos e ao agronegócio brasileiro. Referência global nesses setores, o País espera atingir números recordes em negócios fechados no Centro de Exposições Centro de Exposições Paris-Nord Villepinte. Para a edição de 2024, o Brasil elevou o número de empresas participantes na comparação com 2022 em 48%, de 130 para 192, e espera gerar US$ 2,5 bilhões em negócios imediatos e contratos futuros, alta de US$ 600 mil em relação há dois anos ou de 32%, de acordo com estimativas da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). Caso a projeção se confirme, também vai superar o até agora recorde de negócios, da Sial Paris de 2018, com US$ 2,3 bilhões. Das representantes brasileiras na Sial Paris em 2024, há 87 apoiadas pela ApexBrasil.
Há, também, 9 comerciais exportadoras, também apoiadas pela agência, com o Brasil Trade Lounge (BTL), representando 50 micro e pequenas empresas. Além disso, há 25 empresas apoiadas pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) e outras 21 pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Com esse esquadrão de empresas, o Brasil espera atingir números recordes de negócios em um momento positivo para o setor. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), o Brasil se tornou em 2023 o maior exportador de alimentos industrializados do mundo em volume, com 72,1 milhões de toneladas, alta de 11,4% ante 2022. Em receita, o País é o quinto colocado, com US$ 62 bilhões, aumento de 5,2% na comparação com o ano anterior. É um evento que a cada edição reforça a sua relevância e o comprometimento com o crescimento das empresas agroalimentares em escala local e internacional.
O Brasil vem marcando presença no SIAL há muitos anos e sempre evoluindo, mostrando o que país tem de melhor no setor e se consolidando como um grande produtor e exportador de alimentos com qualidade. A edição de 2024 da Sial Paris vai até esta quarta-feira (23/10), com a celebração dos 60 anos de realização. Bianual, o evento reúne 7,5 mil expositores de 130 países, com 8 mil compradores. O evento é dividido em 11 pavilhões, pelos quais devem passar 285 mil profissionais de 205 países, que terão acesso a 400 mil produtos e inovações. Os setores atendidos pela feira são o de processamento de alimentos, refeições prontas, alimentos congelados, produtos lácteos, frutos do mar, bebidas, produtos orgânicos e relacionado ao bem-estar além de frutas e vegetais, confeitaria e carnes. Criada em 1964 em Paris, o evento focado em negócios B2B da indústria agroalimentar se expandiu desde então para outras partes do mundo. Embora sua maior edição continue a ser a bianual da França, a Sial também ocorre no Canadá, na China, na Índia, na Indonésia e na Malásia.
Segundo a ApexBrasil, o Brasil pode alcançar US$ 1 trilhão em comércio exterior, incluindo importações e exportações, ao longo dos próximos dois anos. O País está próximo de recuperar o grau de investimento. O fluxo de comércio exterior deve alcançar US$ 1 trilhão nos próximos dois anos. Em 2023, a soma das exportações e das importações do Brasil, conhecida como corrente de comércio, somou US$ 580,5 bilhões, resultado 4,3% menor que o observado um ano antes, de US$ 606,7 bilhões, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Os dados mais recentes de 2024 mostram que, até a segunda semana de outubro, a corrente do comércio brasileira está em US$ 474,5 bilhões. Destaque para o papel do Brasil como um dos maiores fornecedores globais de alimentos. O desafio agora é entrar nos mercados da Turquia, Coreia do Sul, Japão e Vietnã. Se conseguir acessar esses mercados, serão mais 30% de consumidores globais abertos aos produtos brasileiros. A ApexBrasil busca expandir a atuação internacional com a abertura de novos escritórios, incluindo Lisboa e Xangai, além de planos para Singapura e a renovação da sede em Miami. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.