21/Oct/2024

Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o agronegócio brasileiro está passando por um processo de ajuste após os anos de forte crescimento impulsionado pela pandemia. O Produto Interno Bruto (PIB) do setor deve registrar uma retração de 1,5% a 2,4% em 2024, após crescimentos expressivos de 22% em 2020 e 8,5% em 2021, ambos impulsionados pela alta nos preços das commodities e demanda global. Agora, o setor está voltando a um patamar mais equilibrado, após o crescimento acentuado dos últimos anos. A alta nos preços das commodities durante a pandemia foi essencial para o desempenho excepcional do setor naquele período. Contudo, com a estabilização dos preços e maior oferta no mercado, a expectativa é de um cenário mais estável.

As cadeias de soja, milho e carne bovina, que juntas representam quase metade do valor bruto da produção agropecuária (VBP), são fundamentais para os resultados do setor. Se essas cadeias enfrentam problemas, isso se reflete em grande parte dos indicadores econômicos do setor. Para a safra 2024/2025, a produção de grãos deve superar 320 milhões de toneladas, ante 300 milhões na safra anterior. Mesmo com esse aumento, não há expectativa de alta nos preços, por causa da oferta global elevada. Quanto ao milho, após a quebra registrada na última safra, a produção deve se recuperar, mas o atraso no plantio de soja pode causar problemas na 2ª safra de 2025 do cereal. Além disso, foi destacado o potencial dos biocombustíveis para gerar novas oportunidades ao setor.

O avanço na produção de biodiesel e etanol de milho são fatores que podem favorecer o agronegócio. Esse é um diferencial competitivo que o Brasil pode explorar e pode provocar impacto positivo nos preços de algumas commodities no futuro. Sobre as exportações, o agronegócio já representa metade dos embarques brasileiros. Até setembro, atingiu US$ 126 bilhões em exportações, o mesmo valor registrado em todo o ano anterior. O aumento no volume exportado, mesmo com preços estáveis em muitas cadeias, demonstra que o Brasil está ampliando sua participação no mercado global. O País se consolida como um dos maiores fornecedores de produtos agrícolas no cenário global. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.