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10/Oct/2024

Dólar fecha com alta pela terceira sessão seguida

Após superar os R$ 5,60 durante a sessão desta quarta-feira (09/10), o dólar fechou pouco abaixo deste patamar no Brasil, em alta de quase 1%, com as cotações acompanhando o avanço da moeda norte-americana no exterior, em mais um dia de elevação dos rendimentos dos Treasuries e de preocupações com a China. O dólar fechou em alta de 0,98%, cotado a R$ 5,58. Em outubro, a divisa acumula elevação de 2,54%. Assim como ocorreu em sessões anteriores, os yields dos Treasuries voltaram a subir nesta quarta-feira (09/10) em meio à reprecificação do mercado para o futuro da taxa de juros nos Estados Unidos. Os dados de emprego divulgados no dia 4 de outubro continuaram a conduzir as apostas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) cortará juros em apenas 25 pontos-base em novembro, e não em 50 pontos-base, como ocorreu em setembro.

Neste cenário de juros não tão baixos nos Estados Unidos, o dólar ganhou força ante a maior parte das demais divisas, incluindo o Real, com investidores também à espera da divulgação da ata do último encontro do Federal Reserve. Além da política monetária dos Estados Unidos, parte do foco dos investidores permaneceu voltada para a China. O governo chinês anunciou nesta quarta-feira (08/10) que o Ministério das Finanças realizará uma entrevista coletiva no sábado (12/10) para detalhar as medidas fiscais de estímulo para impulsionar a economia. Na terça-feira (08/10), os investidores globais haviam demonstrado certa decepção com as medidas anunciadas. Segundo o C6 Bank, o estímulo na China foi menor do que o mercado esperava, o que impactou as commodities. As divisas de países emergentes estavam perdendo valor ante o dólar durante a sessão. O Real teve o pior desempenho. Após registrar a cotação mínima de R$ 5,53 (-0,03%), logo após a abertura, o dólar atingiu a máxima de R$ 5,60 (+1,21%) à tarde, já após a divulgação da ata do Fed.

O documento mostrou que uma maioria substancial das autoridades na reunião de setembro do Fed apoiou o início do ciclo de corte de juros com uma redução de 0,50% na taxa básica. No entanto, pareceu haver ainda mais concordância de que, com o movimento inicial, o Fed não estaria comprometido com nenhum ritmo específico de cortes no futuro. Segundo a Nomad, a ata não parece trazer informações suficientes para impactar de forma relevante o atual consenso de mercado que aponta para mais dois cortes de 0,25% dos juros) até o final do ano. Neste cenário, o índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,42%, a 102,920. O Banco Central vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão para rolagem do vencimento de 1º de novembro de 2024. O Banco Central informou que o Brasil registrou fluxo cambial total negativo de US$ 4,148 bilhões em setembro, com saídas de US$ 4,574 bilhões pelo canal financeiro e entradas de US$ 426 milhões pela via comercial. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.