07/Oct/2024
O governo brasileiro tenta reeditar com outras autoridades internacionais o sucesso que foi levar o presidente da França, Emmanuel Macron, à Amazônia, em março passado. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já convidou informalmente suas contrapartes norte-americana, Joe Biden, e britânica, Keir Starmer, para visitarem a região em novembro. A ideia é que a visita ocorra dias antes da cúpula de líderes das 20 maiores economias do globo (G20), marcada para ocorrer no Rio de Janeiro, nos dias 18 e 19 de novembro. A possibilidade do deslocamento para Manaus (AM) ou Belém (PA), que será a sede da COP30, no ano que vem, tem sido analisada pela diplomacia dos países no Brasil e em suas sedes. Se houver uma sinalização de interesse por parte dos chefes de governo do Hemisfério Norte, haverá uma formalização do convite pelo Palácio do Planalto.
O governo federal, porém, já está otimista com o aceite dos líderes políticos. A viagem de Macron a Belém foi considerada um sucesso diplomático, ambiental e popular. Imagens dos dois líderes caminhando pelas árvores da floresta viraram memes, por causa da superprodução das fotografias, que lembravam registros de casamentos. Na ocasião, os dois presidentes anunciaram um programa com soma equivalente a R$ 5,4 bilhões para o desenvolvimento da bioeconomia na Amazônia no Brasil e na Guiana Francesa, e ambos assinaram declarações reforçando o compromisso com o combate à mudança climática. Joe Biden estará no fim do mandato quando vier ao Brasil para participar do G20 (sua presença já foi confirmada). A viagem à Amazônia será, portanto, um evento simbolicamente importante do compromisso dos Estados Unidos com a questão ambiental.
Principalmente se o republicano Donald Trump vencer o pleito contra sua vice Kamala Harris (a eleição nos Estados Unidos ocorre em 5 de novembro). Trump é lembrado por ter avaliado esse tema como menor em sua gestão e dentro do G20. Com o Reino Unido, o encontro seria uma possibilidade de aproximação com o novo governo, que tomou posse em julho passado. O país não faz mais parte da União Europeia e os dois lados têm interesse em ampliar a corrente de comércio entre os países. Além disso, o Reino Unido vem fazendo investimentos em prol da região amazônica. No ano passado, por exemplo, anunciou dois aportes que somam 115 milhões de libras (R$ 715 milhões) para o Fundo Amazônia. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.