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02/Oct/2024

Moodys: Brasil a um degrau do “investment grade”

Exatamente cinco meses depois da melhora da perspectiva de rating do Brasil, a agência de classificação de risco Moody’s decidiu elevar a nota do País de Ba2 com perspectiva positiva para Ba1 e manteve a perspectiva positiva. A empresa se adiantou às duas concorrentes (Fitch e S&P) que formam as Big 3 no setor. Nessas empresas, o País segue como um mercado de investimento de grau "especulativo", o que antecede o primeiro nível do selo de bom pagador, tão almejado por empresas e governo, porque facilita a atração de mais investimentos e, com isso, há a expectativa de fomentar a economia doméstica. Muitos fundos de pensão internacionais, por exemplo, têm autorização para comprar apenas papéis considerados pelas agências como investment grade.

Para chegar às notas de crédito de longo prazo, são consideradas variáveis políticas e econômicas que influenciam na classificação de risco, como juros, fluxo de caixa, contexto político e projeções de resultados futuros, entre outros. As agências medem também a capacidade de pagamento da dívida de países (chamados de rating soberanos) e este foi um dos pontos vistos como positivos pela Moody's em 1º de maio, quando melhorou a perspectiva do País. Apenas a partir das classificações seguintes à Ba1 é que se considera um ativo grau de investimento pela Moody’s: de Baa1 a Baa3 de nível médio; médio-alto de A1 a A3; grau alto de Aa1 a Aa3 e AAA o mais alto grau.

No caso da Fitch, o Brasil está classificado atualmente em BB. A nota foi alterada ao final de julho do ano passado, após deixar o País estacionado em BB- por cinco anos. BB é grau especulativo, quando não há recomendação de investimentos. A partir daí, há entrada para os ratings de investimento, que vão de BBB (boa qualidade), passam pelo A (qualidade alta), avançam para o AA (qualidade muito alta) até chegar ao topo do AAA (mais alta qualidade). Em outubro de 2015, foi quando o Brasil recebeu pela última vez uma nota da Fitch de grau de investimento (BBB-). Em dezembro de 2023, a agência confirmou o rating do País e a perspectiva "estável".

A Standard & Poor's (S&P) foi a primeira empresa a conceder o título ao País, em abril de 2008, no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na sequência, vieram Fitch (maio) e Moody's (setembro de 2009). Atualmente, a classificação concedida pela S&P ao País é de BB-, também dois níveis abaixo do selo de bom pagador, que está congelada desde janeiro de 2018. Mas, em junho do ano passado, o outlook mudou de estável para positivo. A escala de notas da S&P é muito similar à da Fitch, passando pelas letras de A a D. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.