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02/Oct/2024

Dólar fecha em leve alta acompanhando o exterior

O dólar fechou esta segunda-feira (30/09) em leve alta ante o Real, numa sessão marcada pela disputa de fim de mês e de trimestre pela formação da taxa Ptax e pelo avanço da moeda norte-americana também no exterior. O dólar fechou em alta de 0,24%, cotado a R$ 5,44. A divisa acumulou queda de 3,32% em setembro e baixa de 2,53% no terceiro trimestre do ano. No início da sessão o dólar chegou a oscilar em baixa ante o Real, com as moedas de países exportadores de commodities sendo novamente favorecidas pelo anúncio de mais estímulos econômicos na China. O PBoC (banco central da China) informou no domingo (29/07) que dirá aos bancos para reduzirem as taxas de hipoteca para empréstimos imobiliários existentes antes de 31 de outubro, como parte de medidas abrangentes a fim de apoiar o mercado imobiliário do país.

Além disso, três grandes cidades (Guangzhou, Shenzhen e Xangai), suspenderam restrições importantes à compra de casas. Neste cenário, o dólar marcou a cotação mínima de R$ 5,40 (-0,56%). No entanto, o dólar passou a se fortalecer logo depois, com investidores comprados na moeda norte-americana puxando as cotações com foco na Ptax. Taxa de câmbio calculada pelo Banco Central com base nas cotações do mercado à vista, a Ptax serve de referência para a liquidação de contratos futuros. No fim de cada mês, agentes financeiros costumam tentar direcioná-la a níveis mais convenientes às suas posições, sejam elas compradas (no sentido de alta das cotações) ou vendidas em dólar (no sentido de baixa). Nesta segunda-feira (30/09) a disputa se tornou ainda mais importante já que a Ptax também era a do encerramento do trimestre, servindo de referência para balanços de empresas com operações internacionais.

Segundo a FB Capital, houve uma abertura em queda alinhada com os pares do Real. Dados da China impulsionaram as moedas emergentes, com o avanço do minério de ferro, em reação aos estímulos prometidos para a economia chinesa. O mercado também seguia cético em relação ao equilíbrio fiscal no Brasil, o que favorecia a montagem de posições defensivas no dólar. No exterior, a moeda norte-americana também passou a ganhar força ante boa parte das demais divisas, com investidores à espera de um discurso do chair do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell. O dólar marcou a cotação máxima de R$ 5,47 (+0,71%). Definida a Ptax de fim de mês (R$ 5,44 para venda) no início da tarde, o dólar passou a oscilar mais livremente no Brasil, sem influências técnicas, o que fez as cotações desacelerarem.

A partir das 14h55, quando Powell começou a falar, os rendimentos dos Treasuries aceleraram os ganhos, o que também deu força as taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) no Brasil. O dólar retomou parte do fôlego ante o Real, mas não o suficiente para renovar as máximas do dia. Em sua fala, Powell afirmou que prevê mais dois cortes nas taxas de juros dos Estados Unidos este ano, totalizando 50 pontos-base, se a economia tiver o desempenho esperado, embora o Fed possa fazer cortes mais rápidos, se necessário, ou mais lentos. Neste cenário, no fim da tarde o dólar seguia em alta firme ante moedas fortes no exterior e ante boa parte das demais divisas de emergentes ou exportadores de commodities. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,31%, a 100,750. O Banco Central vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão para rolagem do vencimento de 1º de novembro de 2024. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.