30/Sep/2024
De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na sexta-feira (27/09) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação no Brasil ficou em 6,6% no trimestre encerrado em agosto. Em igual período de 2023, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 7,8%. No trimestre encerrado em julho de 2024, a taxa de desocupação estava em 6,8%. A renda média real do trabalhador foi de R$ 3.228,00 no trimestre encerrado em agosto. O resultado representa alta de 5,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 326,205 bilhões no trimestre até agosto, alta de 8,3% ante igual período do ano anterior. A taxa de desocupação de 6,6% registrada no trimestre terminado em agosto de 2024 foi o menor resultado para esse período do ano em toda a série histórica da Pnad Contínua, iniciada em 2012 pelo IBGE.
O resultado de agosto de 2024 representou ainda o menor patamar de desemprego desde o trimestre móvel terminado em dezembro de 2014, quando a taxa também foi de 6,6%. No trimestre encerrado em julho de 2024, a taxa foi de 6,8%. No trimestre terminado em agosto de 2023, a taxa estava em 7,8%. O País registrou um recorde de 102,517 milhões de trabalhadores ocupados no trimestre terminado em agosto. Houve uma abertura de 1,186 milhão de vagas no mercado de trabalho em apenas um trimestre. Em um ano, o contingente de ocupados aumentou em 2,862 milhões de pessoas. A população desocupada diminuiu em 502 mil pessoas em um trimestre, totalizando 7,281 milhões de desempregados no trimestre até agosto. A população desocupada somou o menor contingente desde o trimestre terminado em janeiro de 2015. Em um ano, 1,130 milhão de pessoas deixaram o desemprego no País. A população inativa somou 66,526 milhões de pessoas no trimestre encerrado em agosto, 321 mil inativos a menos que no trimestre anterior. Em um ano, houve diminuição de 268 mil pessoas na inatividade.
O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) passou de 57,6% no trimestre encerrado em maio para 58,1% no trimestre até agosto, o maior para esse período do ano desde 2013. No trimestre terminado em agosto de 2023, o nível da ocupação era de 57,0%. O País registrou contingente recorde de trabalhadores ocupados tanto no setor privado quanto no setor público no trimestre terminado em agosto, que mostrou uma abertura de 317 mil vagas com carteira assinada no setor privado em relação ao trimestre encerrado em maio. Na comparação com o mesmo trimestre de 2023, 1,431 milhão de vagas com carteira foram criadas no setor privado. O total de pessoas com carteira assinada no setor privado subiu a 38,642 milhões de trabalhadores no trimestre até agosto, um recorde na série histórica iniciada em 2012. O contingente de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado aumentou a 14,239 milhões de pessoas, também um ápice da série histórica.
O resultado significa 565 mil de vagas a mais nessa condição do que no trimestre anterior. Em relação ao trimestre até agosto de 2023, foram criadas 1,037 milhão de vagas sem carteira no setor privado. O trabalho por conta própria perdeu 78 mil pessoas em um trimestre, para um total de 25,395 milhões de trabalhadores. O resultado representa o mesmo número de pessoas trabalhando nesta condição na comparação com o mesmo período do ano anterior. O número de empregadores aumentou em 92 mil em um trimestre, para 4,294 milhões de pessoas. Em relação a agosto de 2023, o total de empregadores teve um aumento de 83 mil empregadores. O País teve uma queda de 7 mil pessoas no trabalho doméstico em um trimestre, para um total de 5,812 milhões de pessoas. O resultado representa queda de 76 mil trabalhadores ante o mesmo trimestre do ano anterior. O setor público teve 221 mil pessoas a mais no trimestre terminado em agosto ante o trimestre encerrado em maio, para um recorde de 12,755 milhões de ocupados.
Na comparação com o trimestre até agosto de 2023, foram abertas 523 mil vagas no setor público. O Brasil registrou 3,131 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em agosto. A população desalentada desceu assim ao menor contingente registrado desde o trimestre encerrado em maio de 2016. O País tinha 195 mil desalentados a menos em relação ao trimestre encerrado em maio, um recuo de 5,9%. Em um ano, 442 mil pessoas deixaram a situação de desalento, baixa de 12,4%. A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial. No trimestre terminado em agosto, faltou trabalho para 18,500 milhões de pessoas no País.
A população subutilizada desceu assim ao menor contingente desde o trimestre encerrado em junho de 2015. A taxa composta de subutilização da força de trabalho foi a mais baixa para trimestres até agosto desde 2014, ao descer de 16,8% no trimestre até maio para 16,0% no trimestre até agosto. No trimestre até agosto de 2023, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 17,6%. O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. A população subutilizada caiu 4,7% ante o trimestre até maio, 919 mil pessoas a menos. Em relação ao trimestre até agosto de 2023, houve um recuo de 8,5%, menos 1,725 milhão de pessoas.
O País registrou uma taxa de informalidade de 38,8% no mercado de trabalho no trimestre até agosto de 2024. Havia um recorde de 39,826 milhões de trabalhadores atuando na informalidade no período. Em um trimestre, 694 mil pessoas passaram a atuar como trabalhadores informais. O total de vagas no mercado de trabalho como um todo no período cresceu em 1,186 milhão de postos de trabalho. Em um trimestre, na informalidade, houve elevação de 565 mil empregos sem carteira assinada no setor privado, de 63 mil trabalhadores domésticos sem carteira assinada e de 76 mil pessoas atuando no trabalho familiar auxiliar. Porém, o mercado registrou enxugamento de 7 mil pessoas no trabalho por conta própria sem CNPJ e de 3 mil empregadores sem CNPJ.
A população ocupada atuando na informalidade cresceu 1,8% em um trimestre. Em relação a um ano antes, o contingente de trabalhadores informais aumentou em 842 mil pessoas, alta de 2,2%. O Brasil alcançou um recorde de 66,737 milhões de trabalhadores ocupados contribuindo para instituto de previdência no trimestre encerrado em agosto. A pesquisa aponta o maior número de pessoas ocupadas que contribuem para a Previdência. Porém, a proporção de contribuintes entre os ocupados recuou de 65,3% no trimestre até maio para 65,1% no trimestre até agosto. Os dados mostram que aumentou mais o número de pessoas trabalhando do que o de contribuintes para previdência. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.