27/Sep/2024
Segundo os números divulgados no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) desta quinta-feira (26/09), o Banco Central estima que a inflação medida pelo IPCA ficará acima do centro da meta, de 3%, pelo menos até o primeiro trimestre de 2027. Os modelos indicam, portanto, que não haverá convergência mesmo após o horizonte relevante da política monetária, que hoje está no primeiro trimestre de 2026. A projeção de inflação acumulada em quatro trimestres nesse período é de 3,5%, conforme já havia sido informado nas mais recentes comunicações do Comitê de Política Monetária (Copom). Depois, o Banco Central espera que a taxa continue em 3,5% no segundo trimestre de 2026 e caia lentamente, a 3,4% no terceiro e 3,3% no quarto. No primeiro trimestre de 2027, espera 3,2%.
Todas as projeções para 2026 aumentaram frente ao relatório anterior, entre 0,1% e 0,3%, mesmo considerando um aumento da taxa Selic usada na conta, já que ela é extraída do Focus. O aumento da projeção de inflação no horizonte relevante resultou principalmente da atividade econômica mais forte que o esperado, que levou a uma elevação no hiato do produto estimado, da depreciação cambial e do aumento das expectativas de inflação. Esses fatores, combinados ao aumento da inércia, devido ao reajuste das projeções de inflação de curto prazo, mais do que compensaram a queda dos preços do petróleo e o aumento dos juros. O aumento da taxa de juros foi fundamental para evitar um aumento mais significativo nas projeções. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.