27/Sep/2024

Segundo a Confederação Nacional de Municípios (CNM), desde o início do ano, 15,4 milhões de pessoas foram diretamente afetadas no Brasil por causa dos incêndios florestais. O prejuízo econômico com as queimadas soma até agora R$ 1,3 bilhão. Além disso, nesse período, 1.042 pessoas tiveram de deixar suas casas, número que pode ser ainda maior, visto que a informação sobre desalojados e desabrigados ainda não foi preenchida pela maioria dos municípios. Justamente por causa dos incêndios que assolam o País, até o momento 573 municípios decretaram situação de emergência. O período entre agosto e setembro foi atípico e apresentou valores fora do padrão até então relatados para esses meses.

Diante de tal cenário, a CNM reforça a urgência de o País adotar medidas concretas e que possibilitem a prevenção e o enfrentamento de desastres como os atuais, e que afetam gravemente a saúde de milhões de pessoas, o meio ambiente e o desenvolvimento do País. Entre as medidas, a CNM ressalta a necessidade de aprovação da Proposta de Emenda à Constituição 31/2024, que institui o Conselho Nacional de Mudança Climática, a Autoridade Climática Nacional e o Fundo Nacional de Mudança Climática. A proposta prevê a aplicação dos recursos do Fundo Nacional de Mudança Climática fora do Orçamento Geral da União.

Essa medida se justifica porque o modelo tradicional de aplicação de recursos públicos não tem produzido resultados adequados na promoção de medidas efetivas que possam prevenir e enfrentar as consequências da mudança climática. Além disso, a CNM defende a criação de um Consórcio Nacional para Gestão Climática e Prevenção de Desastres. Estudos mostram que os municípios não estão preparados para enfrentar as questões climáticas. Mais de 94% deles enfrentam dificuldades nas questões climáticas, 43% das prefeituras não têm uma pessoa responsável pelo monitoramento dos eventos climáticos e 47% não têm sistema de alerta. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.