27/Sep/2024
Para o vice-presidente do Brasil e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, nas últimas décadas o Brasil passou por um processo de desindustrialização “grande e precoce”. Por isso, Alckmin ressalta a necessidade de interromper esse processo e promover a recuperação do setor. Mas há desafios, como as negociações da reforma tributária, a alta da taxa Selic e os impactos das mudanças climáticas, que podem aumentar os custos de energia e produção. Nesse cenário, surgem questões cruciais sobre o futuro da indústria brasileira: será possível recuperar sua relevância no PIB e aumentar a competitividade no mercado global? Para remodelar o setor industrial, que perdeu peso no PIB ao longo dos últimos 40 anos, o governo lançou o programa Nova Indústria Brasil (NIB) no início de 2023.
No entanto, o plano de neoindustrialização do País se desenvolve em um contexto global marcado pela transição energética e a reorganização das cadeias de produção. O programa está dividido em seis missões e iniciou este mês uma nova fase, denominada Brasil Mais Produtivo (B+P), com foco na transformação digital. Ela se destina ao financiamento de micro, pequenas e médias empresas para promover a digitalização e aumentar sua competitividade no mercado. O programa prevê R$ 300 bilhões em financiamentos e subsídios ao setor até 2026. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) reconhece que os recursos são menores do que o desejado, mas destaca o empenho do governo em apoiar a indústria. Esses recursos têm sido revistos periodicamente.
Não há subsídios, exceto nas linhas de inovação, e há ganhos fiscais. É verdade que os recursos estão aquém do que necessário, mas também é verdade que o governo do presidente Lula tem um olhar atento sobre o setor. Segundo Alckmin, há uma expectativa positiva para o futuro com crescimento da indústria. O PIB do segundo trimestre foi positivo. Primeiro porque o mercado estava esperando 0,9% de crescimento e cresceu 1,4%. Depois, ao abrir esse crescimento, a indústria cresceu 1,8%, e o investimento, 2,1%. A indústria acabou tendo um papel mais importante. O vice-presidente do Brasil destacou o potencial do País para produção de energia verde, e afirmou que não acredita que vai faltar energia para crescer.
O vice-presidente ressaltou a importância de evitar que o custo aumente e mencionou ser favorável à retomada do horário de verão, medida que o governo está avaliando para verificar seu impacto na economia de energia. A Fiesp está otimista e acredita que o País pode continuar oferecendo energia barata por muitos anos e destacou que as fontes de energia em maior crescimento, como a solar e a eólica, estão com custos em queda. A tendência é que a energia no Brasil continue barata. Alckmin também ressaltou a importância de evitar o desmatamento para garantir o protagonismo do Brasil na produção de energia verde. O ministro mencionou que o governo investiu R$ 540 milhões no combate às queimadas e que é fundamental envolver municípios e Estados nessa causa. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.