27/Sep/2024
O Banco Central detalhou, no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) publicado nesta quinta-feira (26/09), os riscos para baixo citados no seu balanço de riscos para a inflação. A economia global tem mostrado sinais de desaceleração moderada, mas um arrefecimento mais intenso poderia gerar uma pressão desinflacionária externa. Essa pressão se materializaria especialmente nos preços de commodities e outros bens transacionáveis. Além disso, o enfraquecimento da atividade global poderia levar os bancos centrais das economias avançadas a reduzirem as taxas de juros de forma mais pronunciada, o que tenderia a favorecer o desempenho de moedas emergentes.
Chama atenção a economia chinesa, que não apenas tem apresentado taxas de crescimento cada vez menores, como também enfrenta problemas estruturais. Entre eles, a autarquia cita um descolamento entre demanda doméstica e capacidade instalada, além da contração no setor imobiliário. Sobre o segundo risco para baixo citado, de que os impactos do aperto monetário sobre a desinflação global sejam mais fortes do que o esperado, os juros globais estão em território restritivo há muito tempo, possivelmente com efeitos cumulativos. Caso esses efeitos sobre a inflação global se mostrem mais fortes do que o esperado, a economia brasileira poderia se beneficiar de uma menor pressão inflacionária externa. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.