26/Sep/2024
O dólar fechou esta quarta-feira (25/09) em leve alta ante o Real, influenciado pelo avanço firme da moeda norte-americana no exterior, em um dia marcado ainda pelos dados favoráveis de inflação divulgados no Brasil. O dólar fechou em leve alta de 0,29%, cotado a R$ 5,47. Em setembro, porém, o dólar acumula baixa de 2,82%. Logo na abertura da sessão, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) avançou 0,13% em setembro, após alta de 0,19% em agosto. Considerado uma espécie de prévia para a inflação oficial, o IPCA-15 foi bem recebido pelo mercado. Economistas destacaram números mais favoráveis em serviços e nos núcleos do IPCA-15, embora permaneçam as preocupações para os próximos meses, que tendem a ser de maior pressão sobre os preços.
Em reação, as taxas dos DIs registraram as mínimas do dia pouco depois da divulgação do IPCA-15, em meio à percepção de que o Banco Central pode não precisar elevar tanto a Selic quanto o originalmente esperado. O dólar, que logo após a divulgação do indicador marcou a mínima do dia, ganhou força logo depois à medida que os investidores ponderavam os dados. Além do IPCA-15, os negócios eram influenciados pelo avanço firme da moeda norte-americana no exterior. Neste cenário, após marcar a mínima de R$ 5,44 (-0,38%), o dólar à vista escalou até a máxima de R$ 5,49 (+0,67%). Profissionais do mercado ponderam que, após o Banco Central ter elevado a Selic em 25 pontos-base, para 10,75% ao ano, com o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) cortando os juros em 50 pontos-base, para a faixa de 4,75% a 5,00%, haveria espaço para o dólar ceder a patamares mais baixos, próximos dos R$ 5,40 ou abaixo disso.
No entanto, as preocupações com o equilíbrio fiscal do governo têm servido de barreira para uma queda maior da divisa dos Estados Unidos. No exterior, o dólar seguia em alta ante a maior parte das demais divisas. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,73%, a 100,960. O Banco Central vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão para rolagem do vencimento de 1º de novembro de 2024. O Banco Central informou que o Brasil teve déficit em transações correntes de US$ 6,589 bilhões em agosto, com o déficit acumulado em 12 meses totalizando o equivalente a 1,75% do Produto Interno Bruto. Os investimentos diretos no País alcançaram US$ 6,104 bilhões. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.