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24/Sep/2024

Brasil defende balanço ético das ações climáticas

Dentro dos preparativos para a COP30, que acontecerá no Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou no domingo (22/09), em discurso na Organização das Nações Unidas (ONU), que o governo vai trabalhar junto do organismo internacional por um "balanço ético global" das ações internacionais para o combate à mudança do clima. De acordo com a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, o plano é que a iniciativa seja elaborada depois de os países apresentarem suas novas metas climáticas, as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC). Esses compromissos serão enviados à ONU até fevereiro do próximo ano, de forma que possam ser compilados antes da COP30, que acontece em novembro de 2025 em Belém (PA).

Com o balanço, o plano é de que a sociedade possa avaliar se os esforços são suficientes. A ideia é que o balanço ético seja realizado após as NDCs serem apresentadas, para que a sociedade em seus mais diferentes segmentos possa avaliar do ponto de vista ético se os esforços são suficientes, envolvendo aspectos de implementação, de transição justa e de ambição das NDCs. Se não forem suficientes, não se esperará cinco anos para fazer essa atualização. Marina Silva acompanha o presidente Lula na viagem a Nova York (EUA), onde participam da 79ª Assembleia-Geral da ONU. Em discurso na Cúpula do Futuro, o chefe do Executivo brasileiro cobrou reformas da governança global e fez críticas ao ritmo da agenda climática.

"Na COP28 do Clima, o mundo realizou um balanço global da implementação das metas do Acordo de Paris. Os níveis atuais de redução de emissões de gases do efeito estufa e financiamento climático são insuficientes para manter o planeta seguro. Em parceria com o Secretário-Geral, como preparação para a COP30, vamos trabalhar por um balanço ético global, reunindo diversos setores da sociedade civil para pensar a ação climática sob o prisma da justiça, da equidade e da solidariedade", declarou o presidente. O MMA destacou ainda a adoção do Pacto pelo Futuro, documento aprovado pelos países-membros da ONU após meses de negociações.

O acordo tem objetivo de fortalecer o multilateralismo e cooperação global, reconhecendo que as instituições internacionais criadas no pós-guerra devem se adequar aos desafios do século 21. A ministra Marina Silva também defendeu que a recém-criada Autoridade Climática tenha um perfil técnico e poder para aplicar punições, além de estar protegida das oscilações políticas e mudanças de governo. Segundo a ministra, a Autoridade deve operar sob a tutela do Ministério do Meio Ambiente para garantir a continuidade das ações climáticas e evitar que o órgão seja influenciado por interesses de curto prazo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.