19/Sep/2024
O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e ex-presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou que, pela primeira vez, o mundo precisa da América Latina, por alimentos e transição energética. Toda essa posição de investimento em relação à energia não vai subir sem a América Latina. Os minerais estão nessa região e a capacidade de gerar energia limpa precisa dos países da América Latina, frisou. Ele também salientou a necessidade de mais inovações ligadas à energia e biodiversidade, como estratégia para impulsionar o crescimento e a produtividade. A América Latina é favorecida por ser uma região mais democrática que outras presentes no G20. Tem menos conflitos e tem um pouco mais de estabilidade. A região não tem mais tantos problemas hiperinflacionários.
A percepção sobre a América Latina é que é uma região em que é possível ter as cadeias de crescimento, que hoje estão muito fragmentadas. O Brasil está bem-posicionado num ponto muito relevante, de investimentos climáticos. Destaque para o papel do setor privado nos investimentos, mas precisa da atuação do governo para garantir as regras do jogo e ambiente fértil. O Produto Interno Bruto (PIB) da América Latina seria quatro vezes maior se tivesse o mesmo nível de produtividade da Ásia. A produtividade cresceu 1,4% nas economias avançadas e 2,3% na Ásia emergente. O que o Brasil cresceu de 1,6% do PIB de 1960 para cá foi porque acumulou outros fatores, mas não gerou produtividade. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.