ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

18/Sep/2024

Mercado acredita em alta de 0,25% na taxa Selic

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central define, na reunião que começou nesta terça-feira (17/09), e termina nesta quarta-feira (18/09), a nova taxa básica de juros (Selic) do País. A aposta majoritária do mercado financeiro é de que a Selic vai subir 0,25%, passando para 10,75% ao ano. Essa é a previsão de 53 das 61 instituições consultadas. Seis casas preveem manutenção do juro em 10,5%, enquanto outras duas apostam em elevação de 0,50%. Segundo economistas do mercado, a alta não deve parar por aí. Para 26 dessas instituições, a Selic vai terminar o ano num patamar de 11%. Outras 23 acreditam que o juro vai a 11,25%, enquanto para 21 a taxa será ainda maior: 11,75%. Duas projetam 11,5%, enquanto 6 acreditam que a Selic não será mexida até o fim ano, terminando no mesmo patamar atual de 10,5%.

A perspectiva de retomada do aperto monetário ganhou força no mercado desde a reunião anterior do Copom, no fim de julho, como reflexo das expectativas de inflação que seguiram descoladas da meta de 3% perseguida pelo Banco Central, da desvalorização cambial e de falas mais duras dos próprios membros do Copom. O crescimento de 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB), divulgado em 3 de setembro, um resultado acima do esperado pelo mercado, também consolidou a percepção de atividade econômica aquecida e necessidade de alta no juro. Após um longo período de aperto monetário, o Banco Central começou a cortar os juros em agosto do ano passado. Na ocasião, a taxa estava em 13,75% e passou a 13,25%. De maio para cá, a taxa tem sido mantida em 10,5%. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) criticou duramente o nível da Selic.

Para e entidade, a taxa de juro do País "está fora do lugar" e anula investimentos produtivos. São cerca de R$ 60,0 bilhões de renda adicional para o setor financeiro por conta da taxa de juro. Qualquer centavo que o Brasil coloca no BNDES tem um monte de questionamentos, mas esses R$ 60 bilhões que saem de graça precisam ser discutidos. Parte do problema do juro excessivamente alto decorre do nível de concentração bancária do Brasil. O spread bancário do País gira em torno de 27% e 31% em um contexto de inflação controlada e que, portanto, é possível equacionar melhor isso. Esse nível de juro anula os investimentos no setor industrial que poderiam dinamizar a produção, a partir, por exemplo, da renovação das máquinas e equipamentos. A idade média dos equipamentos no Brasil é de 14 anos, a média mundial está em torno de 5 anos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.