17/Sep/2024
Com 60% do território nacional em chamas ou sob fumaça de queimadas, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) divulgou no dia 14 de setembro que a área sob alertas de desmatamento na Amazônia em agosto foi a menor para o mês em seis anos. Houve queda de 10,6% em relação a igual mês de 2023, quando o País, de acordo com o governo, já havia retomado as políticas ambientais, e de 69,7% em relação a igual mês de 2022. Os dados fazem parte do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) B, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em agosto de 2023, o sistema registrou 563,09 quilômetros quadrados sob alerta de desmatamento. Já em 2024, em igual período, foram 503,5 km², redução de quase 60 Km².
É o menor índice para o mês desde 2018 e o segundo ano consecutivo com redução significativa. A queda é bem maior quando comparada a 2022, quando foram registrados alertas de desmatamento em 1.661,02 Km² na região. Na comparação de janeiro a agosto, houve queda de 24% em 2024 em relação a igual período de 2023. Este ano foram 2.813 Km². Nos oito meses do ano passado, 3.712 Km². O Deter é um indicativo de tendência da taxa de desmatamento, medida sempre de agosto a julho por outro sistema do Inpe, o Prodes. O Prodes usa imagens de satélites mais precisas do que as usadas pelo Deter, que emite alertas diários para apoiar a fiscalização em campo realizada por Ibama e ICMBio. No Cerrado, houve queda de 12% no desmatamento em agosto na comparação com igual mês de 2023.
Neste ano foram 404 Km² no mês, contra 458 Km² de igual período do ano passado. No recorte de janeiro a agosto, a queda em 2024 é de 16% em relação a 2023: 4.573 Km² neste ano contra 5.459 Km² no ano passado. No início de agosto, MMA divulgou queda de 45,7% da área sob alertas de desmatamento de agosto de 2023 a julho de 2024, a maior redução registrada pelo Deter-B no período. O total foi de 4.315 km², ante 7.952 km² de agosto de 2022 a julho de 2023. Neste período, houve redução de 53% do desmatamento nos 70 municípios da Amazônia considerados prioritários para o combate ao desmatamento. Dessas cidades, 48 aderiram ao programa União com Municípios, do governo federal, que prevê repasses de R$ 785 milhões para ações ambientais, caso haja redução do desmatamento. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.