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16/Sep/2024

Dólar cai com previsão de corte nos juros dos EUA

O dólar fechou a sexta-feira (13/09) em queda firme ante o Real, retornando para abaixo dos R$ 5,60, com as cotações acompanhando o forte recuo da moeda norte-americana também no exterior, em meio às apostas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) poderá aplicar corte maior de juros nesta semana. O dólar fechou em baixa de 0,89%, cotado a R$ 5,56. Na semana passada, a divisa acumulou baixa de 0,39%. A moeda norte-americana cedeu ante o Real durante praticamente toda a sessão, em meio ao recuo firme do dólar ante as demais divisas no exterior. O movimento estava em sintonia com a queda dos rendimentos dos Treasuries, com investidores apostando que o Fed poderá cortar os juros em 50 pontos-base na quarta-feira (18/09), e não apenas em 25 pontos-base. As mudanças nas apostas foram motivadas por comentários do ex-presidente do Fed de Nova York Bill Dudley, defendendo que há um forte argumento a favor de um corte de 50 pontos, já que os juros nos Estados Unidos estão atualmente de 150 a 200 pontos acima da chamada taxa neutra para a economia.

Além disso, os jornais The Wall Street Journal e Financial Times publicaram artigos indicando que a decisão do Fed está mais incerta do que os mercados têm projetado. Segundo a Astra Capital, o motivo para o dólar ter cedido foi o aumento das chances de o Fed cortar 50 pontos-base. O mercado estava precificando 25, mas a inflação está arrefecendo. Tudo indica que Fed pode cortar 50 pontos, e isso se reflete no Brasil, porque a curva de juros do País precifica três aumentos da Selic até o fim do ano. De fato, a curva de juros brasileira seguiu precificando na sexta-feira (13/09) aumento de 25 pontos-base da Selic nesta semana, para 10,75% ao ano. Com a possibilidade de o Fed cortar seus juros em 50 pontos, para a faixa de 4,75% a 5,00%, o diferencial a favor do Brasil ficaria ainda maior, tornando o País ainda mais atrativo ao capital internacional.

Em reação, após marcar a cotação máxima de R$ 5,62 (+0,17%) na abertura dos negócios, o dólar desabou a para a mínima de R$ 5,54 (-1,29%). Considerando o evento isoladamente, o dólar poderia entrar numa tendência de baixa se o Fed cortar 50 pontos, por conta do aumento de diferencial de juros, que torna mais atrativo aplicar no Brasil. Porém, outros fatores podem influenciar as cotações e sustentar o dólar ante o Real nos próximos meses, como os receios em torno do orçamento do governo brasileiro para 2025 e os conflitos no Oriente Médio e entre Rússia e Ucrânia, além das preocupações quanto a uma recessão nos países centrais. Com o Fed no foco, o dólar seguia em queda ante quase todas as demais divisas no exterior. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas fortes, caía 0,05%, a 101,110. O Banco Central vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão para rolagem do vencimento de 1º de novembro de 2024. Fonte: Reuters. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.