12/Sep/2024
Em uma sessão marcada pela volatilidade, o dólar fechou esta quarta-feira (11/09) perto da estabilidade ante o Real, com as cotações reagindo por um lado aos dados de inflação dos Estados Unidos e por outro ao avanço das commodities no mercado internacional. O dólar fechou em leve baixa de 0,10%, cotado a R$ 5,64. Em setembro, a divisa acumula alta de 0,24%. O principal evento foi a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos, que subiu 0,2% em agosto, depois de ter avançado 0,2% em julho, conforme o Departamento do Trabalho. Nos 12 meses até agosto, o índice avançou 2,5%. Na esteira dos números, o dólar ganhou força ante outras divisas no exterior, em meio à leitura de que aumentaram as chances de corte de apenas 25 pontos-base dos juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na próxima semana, e não de 50 pontos-base.
No Brasil, a moeda norte-americana chegou a atingir a cotação mínima após os dados do CPI, em movimento amparado pelo avanço firme de commodities como minério de ferro e petróleo, dois produtos importantes da pauta exportadora brasileira. Além disso, o forte avanço do dólar ante o Real na véspera, de mais de 1%, deixava margem para algum ajuste técnico. No entanto, com o dólar ganhando fôlego no exterior, as cotações no Brasil também saltaram para o território positivo. Após marcar a mínima de R$ 5,60 (-0,86%), o dólar atingiu a máxima de R$ 5,67 (+0,35%). Ao longo da sessão, o dólar voltou a se acomodar no Brasil, oscilando entre estabilidade e leves baixas ante o Real. Segundo a Correparti Corretora, o CPI ratificou que o Fed vai cortar os juros em 25 pontos-base na reunião da próxima semana, o que valorizou um pouco o dólar. Mas, isso já estava de certo modo no preço.
Com as commodities em alta, o dólar voltou a cair ante o Real. Apesar de as commodities garantirem certa sustentação ao Real, a moeda brasileira tinha um dos piores desempenhos entre seus pares nesta quarta-feira (11/09). O peso mexicano e o peso chileno, por exemplo, lideravam os ganhos ante o dólar entre as principais divisas globais. Por outro lado, o índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas fortes, subia 0,07%, a 101,710. O Banco Central vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão para rolagem do vencimento de 1º de novembro de 2024. O Banco Central informou que o Brasil registrou fluxo cambial total negativo de US$ 1,010 bilhão em setembro até o dia 6, com saídas líquidas de US$ 559 milhões pelo canal financeiro e saídas de US$ 451 milhões pela via comercial. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.