11/Sep/2024
Segundo dados da Companhia Estadual de Meio Ambiente de São Paulo (Cetesb), a qualidade do ar em São Paulo nunca esteve tão ruim. Das 22 estações de medição localizadas na região metropolitana de São Paulo, 9 indicam situação “muito ruim”, 11 marcam “ruim” e apenas 2, “moderada”. Segundo o site da IQAir, organização não governamental parceira das Nações Unidas que mede a qualidade do ar em várias cidades do mundo, na manhã de segunda-feira (09/09), São Paulo registrava a pior. As estações de medição da Cetesb incluem a região do ABC. Elas indicaram situação “muito ruim” em Carapicuíba, Parque Dom Pedro II, Pinheiros, Osasco, Marginal do Tietê, Perus, Santana, Itaim Paulista e Nossa Senhora do Ó.
As que indicaram situação “ruim” foram Cerqueira César, Congonhas, Grajaú, Duas Pimentas, Paço Municipal, Ibirapuera, Interlagos, Mauá, Pico do Jaraguá, São Bernardo do Campo-Centro e Santo Amaro. Apenas Diadema e Santo André-Capuava tinham uma situação moderada. Nenhuma estação da região metropolitana registrou situação “péssima”. Mas, a situação foi a pior em 43 anos de medição automática da qualidade do ar. Isso ocorre por uma combinação de fatores, incluindo as queimadas em todo o País, cuja fumaça está sendo carregada para a Região Sudeste. Outro problema são as condições meteorológicas, somadas à poluição, que não têm favorecido a dispersão da fumaça.
A situação crítica da região metropolitana de São Paulo já tinha sido apontada mais cedo pelo site IQAir. De acordo com a plataforma, na manhã de segunda-feira (09/09), São Paulo era a cidade com a pior qualidade de ar entre as medidas, seguida de Lahore, no Paquistão, e Kinshasa, na República Democrática do Congo. Na parte da tarde, a situação se inverteu; Lahore era a mais poluída, seguida de São Paulo. Nesta quarta-feira (11/09), a Defesa Civil diz que a temperatura pode chegar aos 33°C na região metropolitana de São Paulo, com umidade relativa do ar abaixo dos 35%, sendo que abaixo de 60% já é considerado risco à saúde humana, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A situação de poluição, que também muda até a coloração do sol, agrava condições de saúde. Segundo o Instituto Climatempo, essa fumaçada só vai terminar quando começar a chover com regularidade. Não há previsão desse tipo de chuva, por enquanto. Além da falta de chuva, o calor intenso, que supera os 40°C em muitas áreas pelo interior do País, também mantém alto o risco de incêndios. Entre 12 e 15 de setembro, muitas áreas do sul e poucas áreas no extremo sul de São Paulo e na fronteira de Mato Grosso Sul com o Paraguai poderão ter alguma chuva, mas a maior parte do Brasil vai continuar na fumaça, no calorão e na seca, projeta o Climatempo.
A Secretária de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo relatou que mais de 8 mil propriedades foram atingidas por incêndios em 318 municípios, resultando em perdas superiores a R$ 2 bilhões para o agronegócio. Foi solicitado ao Ministério da Agricultura uma linha de crédito de R$ 500 milhões para apoiar os produtores rurais afetados, semelhante ao auxílio concedido aos agricultores do Rio Grande do Sul após as enchentes. A crise também afetou a qualidade do ar em diversas regiões, com São Paulo registrando o pior índice do mundo na segunda-feira (09/09). Fontes: Broadcast Agro e Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.