10/Sep/2024
Segundo o observatório europeu Copernicus, as temperaturas médias globais nos três meses de verão do Hemisfério Norte (junho, julho e agosto) foram as mais altas já medidas, ultrapassando o recorde de 2023. Nos últimos três meses, o planeta viveu os meses de junho e agosto mais quentes, o dia mais quente e o verão mais quente do Hemisfério Norte. Essa série de registros aumenta a probabilidade de 2024 ser o ano mais quente já registrado, novamente à frente de 2023. Países como Espanha, Japão, Austrália e várias províncias da China anunciaram terem medido níveis históricos de calor relativos ao mês de agosto. Em nível global, agosto deste ano igualará o recorde de temperatura para o mesmo mês atingido em 2023: 1,51°C acima da média do clima pré-industrial (1850-1900).
Ou seja, acima do limiar de 1,5°C que constitui o objetivo mais ambicioso do Acordo de Paris de 2015. Esse limiar, que se tornou emblemático, já foi ultrapassado em 13 dos últimos 14 meses, segundo dados do Copernicus. Nos últimos 12 meses, a temperatura média foi 1,64°C mais quente do que na era pré-industrial. O ano passado terminou com registro de 1,48°C, e 2024, marcado por ondas de calor, secas ou inundações extremas, tem grandes probabilidades de se tornar o primeiro ano a ultrapassar o limiar. Os registros datam de 1940, mas essas temperaturas médias não têm precedentes há pelo menos 120 mil anos, segundo dados da paleoclimatologia, estabelecidos por meio de núcleos de gelo e sedimentos.
Os recordes de calor no globo são alimentados por um sobreaquecimento sem precedentes dos oceanos (70% do globo), que absorveram 90% do excesso de calor causado pelo ser humano. A temperatura média da superfície do mar se mantém em níveis extraordinários desde maio de 2023, o que favorece a ocorrência de ciclones. Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), os recordes de calor em agosto são sinônimo de “alerta vermelho”. É precioso um melhor acompanhamento e apoio às agências meteorológicas com mais recursos. A OMM alertou para os impactos das alterações climáticas na Ásia e no Pacífico, com a subida do nível do mar acima da média em várias regiões. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.