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06/Sep/2024

CNA quer estender Fiagro microcrédito a todo País

Em operação recente do seu primeiro Fundo de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagro), com financiamento de microcrédito para pequenos e médios produtores rurais, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) quer estender a operação do fundo a todo o País. Hoje, na sua primeira rodada com aporte de R$ 30 milhões em projeto-piloto, o fundo é direcionado para produtores rurais da Bahia, Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Rondônia e Tocantins. Já há autorização de que o Fiagro deve atender a todos os Estados da Federação. O Fiagro, lançado pela CNA no último mês, é exclusivo para produtores de pequeno e médio porte atendidos pela Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) por, no mínimo, três meses. Hoje, são 200 mil produtores rurais atendidos pela ATeG. Esse é o público-alvo inicial para priorizar o crédito ao produtor com assistência técnica.

Isso dá segurança ao investidor do fundo porque o agente de crédito visita todo mês o tomador e acompanha a situação da produção. Os recursos serão ofertados ao produtor rural com tíquete mínimo de R$ 30 mil e máximo de R$ 300 mil, juros de 15% ao ano e prazo máximo de reembolso de 12 meses, sendo direcionado sobretudo a operações de custeio. O fundo tem um tíquete médio de R$ 60 mil a R$ 70 mil, o que é exclusivo no mercado. Ele é único com esse perfil e com flexibilidade em caso de quebra de safra, sem registros cartoriais, sem custo do projeto técnico e sem garantia real, o que barateia os recursos ao produtor rural. O Fiagro de microcrédito da CNA é voltado para as seguintes cadeias produtivas: bovinocultura de corte e leite; fruticultura (incluindo cacau), agricultura anual (soja, milho, trigo, feijão e mandioca), cafeicultura, piscicultura, apicultura e ovinocaprinocultura. Os juros próximos de 15% do mercado de capitais são até mesmo inferiores às taxas reais das linhas de crédito oficial no mercado financeiro.

Os juros anunciados para agricultura familiar no Plano Safra são de 3% ao ano, mas os juros reais cobrados no mercado se aproximam de 15% e se contar os penduricalhos adicionados (custos cartoriais e até mesmo venda casada) as taxas chegam a 18% a 19% ao ano. Portanto, o mercado de capitais é alternativa até para o pequeno produtor. Hoje, o produtor não entende o que realmente está pagando e acha que o mercado de capitais é caro, mas o acesso a esse mercado permite que ele tenha até mesmo uma taxa menor. A CNA defendeu o aprimoramento e modernização dos instrumentos já existentes no mercado de capitais para atender a necessidade crescente de crédito rural. Ao longo dos últimos anos, o crédito rural oficial não tem acompanhado a evolução do setor. O recurso que o governo tem não consegue acompanhar o crescimento do PIB do agronegócio brasileiro. Há entendimento do mercado financeiro de que o crédito ao agronegócio exige um tratamento específico dadas as especificidades do setor. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.