05/Sep/2024
A fumaça provocada pelos incêndios recordes registrados na Amazônia nos últimos dias já chegou à Região Sul do Brasil, conforme a empresa de meteorologia MetSul previu e a Empresa de Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) constatou. As condições meteorológicas criaram um corredor de ventos que transportou a fumaça ao longo de milhares de quilômetros, de norte a sul da América do Sul.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) identificou, por meio de satélites, 3.432 focos de calor na Amazônia entre as 21h de domingo (1º/09) e 21h de segunda-feira (02/09). Foi o pior dia de queimadas na Amazônia neste ano, superando os 3.224 focos de calor registrados nesse bioma em 30 de agosto. Segundo a MetSul, a fumaça produzida por esses incêndios está sendo transportada para o Sul do Brasil por um corredor de vento a cerca de 1,5 mil metros de altitude, que tem origem no sul da Amazônia e vai até o Rio Grande do Sul.
A corrente transporta ar mais quente, causando aumento de temperatura na metade norte do Rio Grande do Sul. Em Santa Catarina, o Epagri já constatou a presença de fumaça que, segundo as imagens de satélite, tem origem na Amazônia e de forma geral na Região Norte do País. Mas, Santa Catarina enfrenta a fumaça no céu desde o mês passado. Na segunda semana de agosto já foi detectada fumaça, vinda de Mato Grosso e de Minas Gerais. As condições meteorológicas dessa época favorecem, o sistema de alta pressão mantém a circulação dos ventos e traz a fumaça.
A fumaça, conduzida pelas correntes de vento, deve continuar sobre os municípios até a metade de setembro. A expectativa é de que, depois, as chuvas ajudem a dissipar a fumaça. Segundo a MetSul, a fumaça deve ficar em suspensão na atmosfera, sem prejudicar de forma significativa a qualidade do ar, isso pode eventualmente ocorrer no Rio Grande do Sul. Por estar na atmosfera, a fumaça deixa o céu com tom mais acinzentado e aspecto fosco, e realça as cores do sol ao amanhecer e no fim da tarde. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.