30/Aug/2024
O Fundo Clima pode ser usado como uma primeira alternativa para internalizar os recursos que o Ministério da Agricultura está contratando no mercado internacional para financiar o programa de conversão de pastagens degradadas. A proposta de uso do Fundo Clima já foi discutida com o Ministério do Meio Ambiente e foi bem recebida. O uso da estrutura do Fundo Clima seria uma forma de evitar que a internalização dos recursos signifique um aumento da taxa de juros por causa dos custos financeiros da operação. A proposta será apresentada ao conselho de administração do fundo para discussão e aprovação. Também seria preciso criar um regulamento específico.
Até o momento, o Ministério da Agricultura já acertou a captação de US$ 500 milhões com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), em ienes, com custo de 1,5% ao ano. Porém, se esse recurso for internalizado de forma convencional, o custo final ao produtor pode chegar a CDI + 8% ou 9% ou até mais, segundo agentes privados. A alternativa do Fundo Clima, porém, ainda não deve atender toda a demanda de internalização de recursos esperados pelo Ministério da Agricultura. Há também uma forte expectativa com o recurso da China. A expectativa é que mais recursos sejam captados quando o presidente chinês, Xi Jinping, vier ao Brasil em novembro.
A Pasta continua em conversas com o Tesouro Nacional para viabilizar uma solução para a internalização desses recursos. Para a Sociedade Rural Brasileira (SRB), um custo “aceitável” para o produtor rural operar esse recurso estaria em torno de CDI + 3%, ou dólar + 6% a 7%. Seria algo pelo qual o produtor teria apetite. Mas, ainda não está tendo demanda para isso. Mesmo o acesso do produtor ao crédito do Plano Safra em curso pode encontrar dificuldades. A análise de risco está muito espremida. Os bancos estão vendo como uma atividade de alto risco. Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.