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29/Aug/2024

Dólar sobe com indicação de Gabriel Galípolo ao BC

O dólar fechou esta quarta-feira (28/08) em alta firme ante o Real, próxima de 1%, puxada pelo avanço da moeda norte-americana no exterior em movimento ampliado no mercado doméstico pela confirmação de que Gabriel Galípolo será indicado pelo governo para a presidência do Banco Central. O dólar fechou em alta de 0,98%, cotado a R$ 5,55. Em agosto, porém, a divisa acumula baixa de 1,76%. A moeda norte-americana engatou ganhos ante o Real desde o início da sessão, acompanhando o avanço da divisa dos Estados Unidos ante outras moedas no exterior, incluindo as de países emergentes.

Por trás disso estava um movimento de recomposição de posições em dólar no exterior e a cautela antes da divulgação de dados importantes da economia norte-americana nesta semana. Durante a tarde, porém, o dólar acelerou os ganhos ante o Real, após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciar que Galípolo será indicado para a presidência do Banco Central, em substituição a Roberto Campos Neto a partir de 2025. Atualmente diretor de Política Monetária do Banco Central, Galípolo precisará passar por sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado e ser aprovado pelo plenário da Casa, que fará um esforço concentrado de votações na primeira semana de setembro, em meio às campanhas eleitorais.

A indicação de Galípolo para o comando do Banco Central já era largamente esperada pelo mercado, mas após a confirmação as taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) renovaram os picos do dia. Termômetro do nervosismo do mercado, o dólar também acelerou ante o Real. O dólar atingiu a cotação máxima de R$ 5,56 (+1,14%), já na reta final dos negócios e repercutindo o anúncio sobre Galípolo. Na sequência, a divisa perdeu um pouco de força, mas ainda assim encerrou com alta firme ante o Real, que perdia mais do que vários pares no exterior. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas fortes, subia 0,51%, a 101,110.

O atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou a falar sobre a lógica de atuações da instituição no mercado de câmbio. Segundo ele, o fato de o câmbio no Brasil ser flutuante não significa que o Banco Central nunca fará intervenções no mercado. Porém, as intervenções são feitas apenas em caso de disfuncionalidades. O Banco Central vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional em leilão para fins de rolagem do vencimento de 1º de outubro de 2024. O Brasil registrou fluxo cambial total negativo de US$ 3,534 bilhões em agosto até o dia 23, com saídas líquidas de US$ 4,029 bilhões pela via financeira e entradas de US$ 494 milhões pelo canal comercial. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.