29/Aug/2024
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 160 milhões para projetos de reflorestamento biodiverso da Mombak, startup especializada em créditos de carbono a partir do reflorestamento de áreas degradadas na Amazônia. Com parte dos recursos do Fundo Clima, esta é a segunda grande operação com a iniciativa privada para transformar área conhecida como Arco do Desmatamento no Arco da Restauração. A Mombak vai recriar novas florestas em municípios do Pará, gerando empregos diretos e indiretos, e recuperando algumas das áreas mais degradadas da Amazônia, localizadas no cinturão conhecido como Arco do Desmatamento. O Arco já recebeu investimentos de R$ 1 bilhão do Fundo Amazônia e do Fundo Clima, além das operações de financiamentos com empresas privadas, como a Mombak.
O programa de reflorestamento do Arco do Desmatamento, lançado no final do ano passado, é feito em parceria com o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e pretende reconstruir 6 milhões de hectares nas áreas desmatadas até 2030, e mais 18 milhões até 2050, totalizando 1,65 bilhão de toneladas de carbono removidos da atmosfera. Segundo o BNDES, ainda existe um preconceito em relação ao restauro de floresta, ainda se pensa que é uma atividade essencialmente ecológica. Por isso a operação com a Mombak é exemplar: mostra que já existe uma cadeia econômica do restauro no Brasil. O financiamento à Mombak contempla R$ 80 milhões em recursos do Fundo Clima e outros R$ 80 milhões por meio do BNDES Finem. A Mombak visa a recuperação de áreas degradadas em biomas críticos, com impacto significativo na conservação ambiental e no desenvolvimento sustentável. Com foco no estado do Pará, o plantio será realizado com espécies de vegetação nativa.
De acordo com o BNDES, a Mombak já levantou aproximadamente R$ 1 bilhão para investir em projetos de restauração do bioma amazônico. Em apenas um ano, a empresa plantou três milhões de árvores no município de Mãe do Rio, no Pará, gerando empregos diretos e indiretos e fortalecendo a economia local e a cadeia de reflorestamento. Por meio de um modelo de parcerias rurais com pecuaristas, outras áreas degradadas também estão sendo restauradas em municípios do Pará. Além dos impactos ambientais positivos, o reflorestamento permitirá a geração de créditos de carbono para o mercado voluntário internacional, alinhando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável nº 13 (Ação Contra a Mudança Global do Clima) e nº 15 (Vida Terrestre) da ONU. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.