14/Aug/2024
Segundo a Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal), a América Latina deve crescer 1,8% em 2024 e deve registrar uma expansão de 2,3% em 2025. Embora os juros administrados pelos bancos centrais de países da região tenham caído nos últimos meses com a redução da inflação, os juros ainda estão elevados e são um dos fatores que restringem a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) destas nações. Países da América Latina e Caribe precisam se livrar da armadilha do baixo crescimento e de investimentos.
Há elementos que restringem o crescimento dos países da região, como o declínio do ritmo das exportações, a alta dívida pública, que diminui o espaço fiscal para outras despesas relevantes, como investimentos para mitigar efeitos do aquecimento global, e evasão fiscal, que limita a arrecadação de governos. Os países da América Latina e Caribe enfrentam dificuldades com o baixo nível de produtividade total de fatores (PTF) e 78% dos empregos na região estão em setores com baixa produtividade, como serviços.
A alta informalidade também é desafio para a expansão da PTF. As mudanças climáticas registradas na América Latina podem provocar aumento do desemprego na região se não forem enfrentadas com rapidez por governos. Os países precisam investir muito em mitigação e adaptação para conter o aquecimento global. As mudanças climáticas afetam vários países da região, com excesso de chuvas e secas prolongadas.
O aquecimento global é um grande desafio, mas gera oportunidades de criação de empregos, especialmente com a fundamental transição energética e economia circular. Os países da América Latina têm problemas estruturais para crescer, como baixo nível de investimentos, mas há a necessidade de continuar investimentos na área social para combater desigualdades. No Brasil, o Bolsa Família é um programa que é um exemplo em investimento social. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.