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12/Aug/2024

Dólar fecha em baixa pela 4ª sessão consecutiva

O dólar emplacou na sexta-feira (09/08) a quarta sessão consecutiva de queda ante o Real, chegando a oscilar abaixo dos R$ 5,50 durante a sessão, com as cotações refletindo novamente a busca por ativos de risco em todo o mundo. O dólar fechou em queda de 1,05%, cotado a R$ 5,51. Esta é a menor cotação de fechamento desde 17 de julho, quando encerrou em R$ 5,48. Com o recuo dos últimos quatro dias, o dólar acumulou baixa de 3,43% na semana passada. Foi a primeira queda semanal após três semanas consecutivas de ganhos.

A semana passada foi marcada por forte volatilidade nos mercados globais, que se refletiu nos negócios também no Brasil. Na segunda-feira (05/08), os receios de que os Estados Unidos possam estar a caminho de uma recessão fizeram o dólar chegar a ser cotado a R$ 5,86. Desde terça-feira (06/08), no entanto, novos dados sobre a economia norte-americana reduziram a expectativa por uma recessão iminente nos Estados Unidos, o que fez os investidores retomarem a busca por ativos de maior risco, como ações e moedas de países emergentes como o Real, o peso chileno e o peso mexicano.

O enfraquecimento do iene ante o dólar em sessões anteriores era outro fator, apontado por profissionais do mercado, para que as moedas de emergentes como o Real tenham se fortalecido nos últimos dias. O movimento interrompeu desmontagens de operações de carry trade que, nas últimas semanas, vinham penalizando as divisas de emergentes. No carry trade, investidores tomam recursos em países como o Japão, onde as taxas de juros são baixas, e reinvestem em países como o Brasil, onde a taxa de juros é maior. Na desmontagem destas operações, o Real vinha sendo penalizado.

Na sexta-feira (09/08), a busca por risco deu novamente o tom nos mercados globais, o que fez o dólar cair ante a maioria das demais divisas. Segundo a Nexgen Capital, por mais que ainda tenha problemas fiscais, o Brasil ainda é um país com entrada de capital estrangeiro. Neste cenário, o dólar oscilou em baixa durante toda a sessão. Após marcar a cotação máxima de R$ 5,55 (-0,33%) pouco depois da abertura, o dólar atingiu a mínima de R$ 5,49 (-1,47%). Depois de tocar abaixo dos R$ 5,50, no entanto, a moeda recuperou um pouco de força. A baixa firme do dólar era vista também no exterior em relação às divisas de países emergentes e ante uma cesta de moedas fortes.

O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, caía 0,14%, a 103,140. O Banco Central vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional em leilão para fins de rolagem do vencimento de 1º de outubro de 2024. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o índice oficial de inflação, o IPCA, subiu 0,38% em julho, registrando a maior taxa desde fevereiro, após alta de 0,21% em junho. No acumulado de 12 meses até julho, o IPCA teve alta de 4,50%, ficando no teto da meta de inflação do Banco Central. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.