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07/Aug/2024

Balcão Agrícola atuará como balcão organizado

O Colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprovou, nesta terça-feira (06/08), o pedido do Balcão Agrícola do Brasil (BAB) para funcionar como mercado organizado de balcão e para atuar como entidade administradora de balcão organizado. A empresa poderá receber eventual aporte de US$ 1 milhão da Rumo, que ficaria com 10% do capital social votante da controladora do BAB. O BAB projeta receita de R$ 10 milhões no primeiro ano, alcançando R$ 44,4 milhões no terceiro ano, a partir do qual tem expectativa de resultados positivos. A ideia é operar um sistema centralizado e bilateral de negociação, para o encontro e a interação de ofertas de compra e venda. O BAB deverá oferecer uma ferramenta de gestão de riscos voltada a participantes do mercado do agronegócio, fornecer instrumentos mais adequados ao hedge no Brasil e criar uma convergência mais adequada aos preços locais de commodities agrícolas.

Isso eliminaria a necessidade de hedge no exterior, que embute riscos como a assimetria entre o preço do produto físico no Brasil e o do contrato futuro na Bolsa de Chicago, decorrente de custos de transporte e da volatilidade dos preços locais. O Balcão Agrícola do Brasil não fará a prestação de serviços de compensação e liquidação, física e financeira e não assumirá a posição de contraparte central e garantidora da liquidação definitiva. Atuará apenas na prestação de serviços de registro. Também não atuará diretamente nos processos de quitação dos saldos das contrapartes e no processo de liquidação por entrega física de mercadorias. A empresa também não deverá oferecer um Mecanismo de Ressarcimento de Prejuízos para os investidores que atuarem em seus mercados organizados.

A companhia tem, hoje, capital social de R$ 3,62 milhões, representado por 3.620.048 ações ordinárias, e planeja um aumento de capital de, no mínimo, R$ 3,6 milhões. O único acionista é a Bolsagri LLC, constituída em Delaware (EUA). A Bolsagri LLC, por sua vez, é controlada pela Bolsagri Holding Limited, constituída nas Ilhas Cayman. Os acionistas da Bolsagri Holding Limited são os norte-americanos Eric Michael Cardoni, com 94,50% do capital social; e David Ellis Wulffleff, com 0,5%. A firma reservou 5% ao plano de opções de ações e terá um conselho de administração composto por, no mínimo, 25% de conselheiros independentes. A firma foi criada em 2022, com aporte de US$ 700 mil, mediante aumento de capital da controladora Bolsagri Holding Limited. O valor foi aportado por pessoas jurídicas e pessoas físicas, com a celebração de SAFEs (Simple Agreements for Future Equity) entre nove investidores e a controladora do BAB.

Após a conversão do instrumento em capital social da controladora, nenhum dos acionistas entrantes deverá deter, individual e indiretamente, participação superior a 5%. Pessoas próximas ao negócio afirmaram que o BAB celebrou, com a Rumo, um Convertible Round Term Sheet, que dispõe sobre eventual aporte à controladora, no valor de US$ 1 milhão, por meio de unsecured convertible notes. Com o acordo, a Rumo receberia participação de 10% do capital social votante da controladora do Balcão Agrícola do Brasil. A participação correspondente a esse valor seria calculada com base no valuation indicado da companhia, que precificaria rodada futura de investimento mediante emissão de novas ações. Desta forma, eventual percentual excedente a 10% do capital social da controladora iria para a Rumo, mediante a entrega de non voting shares emitidas pela controladora. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.