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06/Aug/2024

52% do superávit do Brasil em 2023 veio da China

Segundo o embaixador e presidente do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), Luiz Augusto de Castro Neves, na abertura da "Conferência Anual CEBC 2024" em comemoração aos 50 anos das relações diplomáticas Brasi-China, a China respondeu no ano passado por 52% de todo o superávit comercial brasileiro. No decorrer das últimas décadas a China vem investindo em 200 projetos em solo brasileiro somando US$ 70 bilhões. O País está entre os dez no mundo que mais recebem investimentos chineses.

O setor energético é o que mais atrai investimentos da China no Brasil e a infraestrutura responde por um quarto de todos os projetos de investimentos chineses no Brasil. E continua sendo o setor energético o mais promissor para a China no Brasil na esteira da transição energética já que o Brasil tem vantagens comparativas muito significativas em relação a outros países quando se trata de economia verde por causa da sua grande vocação para produção do hidrogênio verde. A China também está de olho no setor de tecnologia brasileiro e tem feito investimentos neste segmento, com a entrada de big techs chinesas no Brasil.

Em termos de fluxo comercial, as exportações brasileiras para a China somaram US$ 104 bilhões em 2023. No entanto, nos últimos 50 anos a pauta de exportação brasileira para a China pouco mudou. Continua ainda muito focada em agro de baixo valor agregado. A pouca inovação se deu no setor do agro. Por outro lado, as importações brasileiras provenientes da China vêm toda da indústria da transformação. É notável que a China tem aumentado a sua pauta de exportações de maior valor agregado para o Brasil, como carros. O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, destacou que o ano de 2024 deverá marcar um novo recorde comercial na relação entre Brasil e China.

O comércio entre os dois países cresceu 7,4% no acumulado de janeiro a julho deste ano na comparação com o mesmo período do ano anterior. Há 14 anos a China é o maior e mais importante parceiro comercial do Brasil. O Brasil exporta muitos alimentos à China e isso traz segurança alimentar para o país asiático. O presidente em exercício citou ainda os embarques brasileiros de petróleo, ferro e celulose e lembrou que o Brasil importa diversos itens da China. Novas oportunidades devem aparecer na relação comercial entre Brasil e China à frente, com iniciativas dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em áreas como infraestrutura, logística, ferrovias, portos e energia. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.