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05/Aug/2024

BDMG planeja fazer a 1ª emissão de LCD em 2024

O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) tem planos de fazer ainda neste ano sua primeira captação com a Letra de Crédito de Desenvolvimento (LCD). O novo título de renda fixa foi sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 26 de julho e permite que bancos de desenvolvimento captem recursos para financiamento com um limite anual de R$ 10 bilhões por instituição. Quatro bancos no País devem usar a LCD para levantar fundos. Além do BDMG, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que também pretende fazer a primeira captação neste ano, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) estão na lista.

A projeção preliminar é que, juntas, essas instituições captem até R$ 18 bilhões numa primeira emissão, calcula a Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), que reúne esses bancos entre seus associados. Dentro desse cálculo, até R$ 10 bilhões são esperados do BNDES, e os outros R$ 8 bilhões somados do BDMG, BRDE e Bandes. O BDMG ainda aguarda as regulamentações que precisarão ser feitas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e pelo Banco Central para estimar detalhes da operação e o volume que pode ser levantado. Mas, a ideia é de que esses recursos possam ser focados no financiamento de micro e pequenas empresas de Minas Gerais. A estimativa é de que o custo médio do crédito deve cair, já que o novo título isenta o investidor pessoa física do imposto de renda, tornando o funding da instituição mais barato.

Isso vai reduzir o custo médio de captação do banco. Não deve haver desafios operacionais para fazer a emissão, uma vez que o BDMG já trabalha com outros títulos. Cerca de metade dos recursos da instituição serão captados com instituições multilaterais. O restante vem de letras financeiras, Certificados de Depósito Bancário (CDB) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA). Nesse sentido, tanto do ponto de vista do investidor como dos desembolsos pelo BDMG, a LCD surge para completar uma "lacuna". A indústria não tinha seu próprio instrumento de captação. Por isso, o BDMG acredita que haverá bastante apetite pelo novo título. Além do benefício fiscal, o investidor saberá que seu recurso será direcionado a projetos com impacto no desenvolvimento econômico.

Hoje, muitos investidores estão interessados em impacto social e sustentabilidade. Pelo lado dos empréstimos, os recursos vão atender a uma demanda expressiva da indústria por crédito mais barato. A LCD tem grande potencial de impacto no empreendedorismo tanto em Minas quanto no Brasil. Esse instrumento pode efetivamente mudar de patamar o BDMG e certamente haverá demanda no mercado, além de existir demanda das empresas por recursos competitivos. Em 2023, o BDMG bateu recorde de desembolsos, com R$ 3 bilhões. A expectativa é de que o número neste ano também represente um salto. No primeiro semestre, foram R$ 1,44 bilhão em financiamentos, volume 32% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.