01/Aug/2024
De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quarta-feira (31/07) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação no Brasil ficou em 6,9% no trimestre encerrado em junho. Em igual período de 2023, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 8%. No trimestre encerrado em maio de 2024, a taxa de desocupação estava em 7,1%. A renda média real do trabalhador foi de R$ 3.214,00 no trimestre encerrado em junho. O resultado representa alta de 5,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 322,6 bilhões no trimestre até junho, alta de 9,2% ante igual período do ano anterior. No trimestre terminado em junho, faltou trabalho para 19 milhões de pessoas no País, das quais 7,54 milhões estavam sem nenhum trabalho. A taxa composta de subutilização da força de trabalho passou de 17,9% no trimestre até março de 2024 para 16,4% no trimestre até junho.
Esse indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. No trimestre até junho de 2023, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 17,8%. A população subutilizada (12,64 milhões) caiu 8,2% ante o trimestre até março. Em relação ao trimestre até junho de 2023, esse indicador assistiu a um recuo idêntico, de 8,2%. No fim do segundo trimestre 2023, havia 20,35 milhões de pessoas nessa situação. O Brasil registrou uma geração de 1,63 milhão de vagas no mercado de trabalho no trimestre até junho de 2024, ante os três meses até março. Trata-se de um aumento de 1,6% na ocupação ante o trimestre anterior, finalizado em março. Com isso, a população ocupada somou 101,83 milhões de pessoas no trimestre encerrado em junho. Em um ano, a alta foi de 3% e mais 2,92 milhões de pessoas encontraram ocupação.
A população desocupada recuou 12,5%, em 1,1 milhão de pessoas em um trimestre, totalizando 7,54 milhões de desempregados no trimestre até junho. Em um ano houve redução de 12,8% nesse grupo e 1,1 milhão de pessoas deixaram o desemprego. A população inativa ou fora da força de trabalho, por sua vez, somou 66,71 milhões de pessoas no trimestre encerrado em junho, 184 mil a menos do que no trimestre anterior (-0,3%), o que o IBGE considerou "estabilidade". Na comparação com um atrás, esse contingente caiu 0,5%. O nível da ocupação, percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, ficou em 57,8% no trimestre até junho, 0,8% acima do registrado no trimestre encerrado em março, e 1,2% acima do nível registrado um ano antes, em junho de 2023.O Brasil registrou 3,3 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em junho. O resultado significa queda de 9,6% no indicador em relação ao trimestre encerrado em março. Em três meses, 345 mil pessoas deixaram essa situação.
Em um ano, 422 mil pessoas deixaram o desalento, queda de 11,5%. A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial. O Brasil vive uma expansão simultânea no número de empregos formais e informais. Em três meses, na comparação com o trimestre encerrado em março, houve um aumento de 2% dos empregos formais, com salto de 61,26 milhões para 62,5 milhões de pessoas, e de 1% no emprego informal, que viu os empregados chegarem a 39,32 milhões, ante 38,94 milhões três meses antes. A taxa de informalidade no período ficou em 38,6% da população ocupada. A maior taxa de informalidade da série histórica, de 40,9%, aconteceu em setembro de 2019.
O aumento no emprego tem uma expansão de qualidade porque tem acontecido no emprego formal, com média de salários maiores. Isso tem reflexo na alta do rendimento médio e da massa salarial da população, que cresceram 1,8% e 3,5% em três meses, para R$ 3.214,00 e R$ 322,6 bilhões, respectivamente. O contingente ocupado na população brasileira em junho, 101,83 milhões, é recorde da série histórica iniciada em 2012. Esse aumento de 1,6% no número de pessoas empregadas na comparação com março se reflete em queda na taxa de desemprego, que chegou a 6,9% no segundo trimestre de 2024. Essa foi a menor taxa desde o trimestre móvel encerrado em fevereiro de 2015, e a menor para um segundo trimestre desde 2014, quando também foi de 6,9%. A menor taxa de desocupação da série histórica do IBGE, considerando todos os trimestres móveis, foi de 6,3%, no trimestre encerrado em dezembro de 2013. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.