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31/Jul/2024

China: novas medidas para impulsionar consumo

Líderes da China tomarão medidas mais agressivas para impulsionar os gastos com consumo e cortar pela raiz um conjunto cada vez maior de desafios econômicos, sinalizando preocupações crescentes com o enfraquecimento do ímpeto da segunda maior economia do mundo. O principal órgão decisório do Partido Comunista, o Politburo, que conta com 24 integrantes, prometeu novas medidas para aumentar o rendimento das famílias e reduzir os custos de financiamento das empresas. Porém há poucos detalhes sobre o que está sendo planejado.

O Politburo reúne-se cerca de quatro vezes por ano para discutir sobre a política econômica e a reunião desta terça-feira (30/07), como se esperava, trouxe medidas de curto prazo para complementar as prioridades econômicas e de outros tipos de longo prazo estabelecidas na Terceira Plenária, que ocorre duas vezes por década e foi realizada em meados de julho. Visto que a recuperação tem dados sinais de desaceleração este ano, o banco central da China (PBoC) já entrou na batalha, ao anunciar uma série de cortes de juros inesperados ao longo da última semana, que representou a flexibilização de política monetária mais substancial desde o começo do ano.

A reunião desta terça-feira (30/07), encabeçada pelo líder do partido e presidente chinês, Xi Jinping, não apontou quaisquer mudanças teóricas em sua abordagem para lidar com algumas das questões mais espinhosas da China, em especial a prolongada crise do setor imobiliário e dívidas ocultas acumuladas por governos locais, que também vêm travando o crescimento. A avaliação da economia da China pelo Politburo é mais "sombria" do que a feita por funcionários de alto escalão há duas semanas, quando foram divulgados números de crescimento econômico do segundo trimestre.

O tom pessimista do Politburo indica que mais apoio político e estímulos podem estar no horizonte. A economia chinesa desacelerou fortemente no segundo trimestre de 2024, com o Produto Interno Bruto (PIB) mostrando expansão anual de apenas 4,7%, bem aquém da previsão de analistas. O desempenho do PIB no segundo trimestre mostrou que, embora investimentos na indústria manufatureira e as exportações tenham impulsionado o crescimento, a fraqueza dos gastos com consumo e o ainda combalido setor imobiliário foram obstáculos significativos.

A liderança do Politburo ressaltou a importância de expandir a demanda doméstica, com foco no aumento do consumo. Também se comprometeu a apoiar o consumo em indústrias como cultura e turismo e sinalizou a adoção de mais esforços regulamentares para lidar com ineficiências de produção e concorrência excessiva nas indústrias, em um momento em que o excesso de capacidade na China gera tensões comerciais no exterior. Investidores não se impressionaram com a reunião. Tanto os mercados acionários da China continental quanto o de Hong Kong fecharam em baixa. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.