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30/Jul/2024

Dólar cai ante Real influenciado por fatores técnicos

Em uma sessão sem notícias de impacto, o dólar fechou esta segunda-feira (29/07) em baixa ante o Real, com investidores à espera das decisões sobre juros no Brasil, nos Estados Unidos e no Japão, todas na quarta-feira (31/07), enquanto no exterior a moeda norte-americana subiu ante a maior parte das demais divisas. O dólar fechou a R$ 5,62, em baixa de 0,58%. No mês de julho, a divisa acumula alta de 0,62%. Na sessão desta segunda-feira (29/07), os rendimentos dos Treasuries cederam, mas o dólar sustentou ganhos ante as demais divisas fortes e em relação a moedas pares do Real, como o peso mexicano e o rand sul-africano. O Real esteve na contramão mais por fatores técnicos do que propriamente em função do noticiário do dia. A expectativa é pelas decisões de política monetária no Brasil, Estados Unidos e Japão. No caso do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), os investidores estarão em busca da confirmação de que o início do ciclo de corte de juros ocorrerá de fato em setembro, como vem precificando o mercado.

A expectativa para o encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil é de manutenção da taxa básica Selic em 10,50% ao ano, mas os agentes estarão atentos às pistas para os próximos encontros. Uma das dúvidas é se o colegiado poderá subir juros nos próximos meses, uma possibilidade que vem ganhando força entre algumas casas. Por fim, a decisão do Banco do Japão ganhou importância porque nas últimas semanas a expectativa de que a instituição poderá apertar sua política monetária provocou uma liquidação de operações de carry trade, impulsionando o dólar ante moedas de países emergentes, incluindo o Real. No carry trade, investidores tomam recursos em países como o Japão, onde as taxas de juros são baixas, e reinvestem em países como o Brasil, onde a taxa de juros é maior. Na desmontagem destas operações, o Real tem sido penalizado. Dependendo do resultado do encontro do banco central japonês, uma nova rodada de ajustes não está descartada, com impactos no câmbio brasileiro.

Outro fator que tende a influenciar os negócios com mais intensidade a partir desta terça-feira (30/07) é a disputa entre comprados (investidores que apostam na alta das cotações) e vendidos (posicionados na baixa) pela formação da taxa Ptax de fim de mês. Taxa de câmbio calculada pelo Banco Central com base nas cotações do mercado à vista, a Ptax serve de referência para a liquidação de contratos futuros. A taxa do fim de mês também será definida na quarta-feira (31/07). Segundo a Commcor DTVM, já tem um pouco de disputa pela Ptax em curso. Quem trouxe o dólar para os níveis atuais está confortável, porque sabe que o Banco Central não é intervencionista. Então, o movimento do dólar no Brasil é mais por fatores técnicos, já que o principal do noticiário da semana acontece na quarta-feira (31/07). O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,19%, a 104,570. O Banco Central vendeu todos os 12 mil contratos de swap cambial tradicional em leilão para fins de rolagem do vencimento de 2 de setembro de 2024. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.