ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

25/Jul/2024

G20: Brasil defende a taxação dos super-ricos

No pré-lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, plataforma que vai ligar regiões necessitadas a países e entidades que se propõem a financiar projetos locais, o presidente Lula defendeu a taxação dos super ricos. "Os super ricos pagam proporcionalmente muito menos impostos que a classe trabalhadora. Para corrigir essa anomalia, o Brasil tem insistido no tema da cooperação internacional para desenvolver um padrão mínimo de tributação global para fortalecer as iniciativas existentes." Em pronunciamento realizado antes de Lula, no evento, o ministro Fernando Haddad (Fazenda) também defendeu que os super ricos sejam tributados globalmente. Além do comunicado e da carta da presidência do grupo, um terceiro documento sobre cooperação tributária internacional, que incluiria a taxação dos super ricos, pode ser divulgado nesta sexta-feira (26/07). O Brasil, que ocupa a presidência temporária do G20, defende uma alíquota de 2% sobre grandes fortunas, o que teria um potencial de arrecadação de US$ 200 bilhões a US$ 250 bilhões por ano.

O presidente Lula afirmou que, ao longo dos séculos, a fome e a pobreza estiveram cercadas de preconceitos e interesses. De acordo com o presidente, os pobres foram ignorados por governantes e setores abastados, mantidos à margem da sociedade e do mercado. Os que não puderam ser incorporados à produção e ao consumo, ainda hoje, são tidos como estorvos. Quando muito, tornaram-se objetivo de medidas compensatórias paliativas. Lula citou os feitos de seu governo e reforçou que "colocou os pobres no Orçamento". No Brasil, o governo combate a fome por meio de um novo contrato social, que coloca o ser humano no centro da ação. Foi retomada a política de valorização do salário-mínimo, de erradicação do trabalho infantil e o combate à fome. De acordo com o presidente da República, no ano passado, 29% da população mundial, o equivalente a 2,3 bilhões de pessoas, enfrentaram graus moderados ou severos de restrição alimentar.

A pobreza extrema aumentou pela primeira vez em décadas. O número de pessoas passando fome ao redor do planeta aumentou em mais de 152 milhões em 2019. Isso significa que 9% da população, ou 733 milhões de pessoas, estão subnutridas. "A fome tem rosto de mulher e voz de criança", disse Lula. "Mesmo que elas preparem a maioria das refeições e cultivem boa parte dos alimentos, mulheres e meninas são a maioria das pessoas em situação de fome no mundo. Muitas mulheres são chefes de família, mas ganham menos." Lula afirmou ainda que a descarbonização do planeta é uma oportunidade no combate à fome, lembrando que a presidência brasileira no G20 prioriza a construção de um mundo justo e um planeta sustentável. Lula esclareceu que a sede da Aliança Global será dividida entre Roma (localização da sede da FAO/ONU) e Brasília. A iniciativa que deu origem ao mecanismo internacional foi feita por Lula. "A Aliança Global nasce no G20, mas é aberta ao mundo", afirmou. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.