24/Jul/2024

Segundo a diretora Socioambiental do BNDES e ex-ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, nenhum país, seja rico ou pobre, desenvolvido ou em desenvolvimento está preparado para enfrentar a tragédia climática que já está contratada. Ela vê na restauração de florestas uma das saídas para evitar mais tragédias do clima. O Brasil quer restaurar suas florestas e liderar esse processo de reconstrução das florestas nos outros países. Capturar carbono é uma urgência no mundo inteiro. O simples fato de existir a Floresta Amazônica garante que a Terra seja 1ºC mais fria. Lançado no final do ano passado, o programa Arco da Restauração na Amazônia prevê recuperar a parte da floresta que foi desmatada nas últimas décadas, um projeto que o BNDES prevê estender para outras florestas do mundo.

O objetivo é restaurar 24 milhões de hectares até 2050, capturando 1,65 bilhão de toneladas de carbono. O Brasil assumiu a tarefa de construir um projeto gigantesco. Seja pela escala, seja pelo impacto que ele pretende gerar, ele se enquadraria como uma das missões do País. A maioria dos países tenta reduzir as emissões, mas só tem aumentado. Não é mais suficiente apenas reduzir as emissões, é necessário capturar carbono além de reduzir as emissões. A primeira fase do projeto prevê restaurar 6 milhões de hectares até 2030, a um custo estimado em R$ 51 bilhões. A segunda etapa prevê mais 18 milhões de hectares em 20 anos, ou mais R$ 153 bilhões.

A área vai do Acre ao Pará. É a área que mais foi desmatada nas últimas décadas. O governo está enfrentando o desmatamento na Amazônia, que não é o mesmo desmatamento das décadas de 80/90, tem crime organizado na Amazônia. O governo se organiza para enfrentar o crime organizado, inclusive internacionalmente, garantindo o desenvolvimento sustentável na Amazônia. Para garantir a restauração, além de muito recurso financeiro, será necessária uma grande cadeia que vai envolver viveiros, sementes, tecnologia, o que vai gerar emprego e renda na região. A ideia é construir uma barreira para evitar que se expanda a própria devastação da Amazônia. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.