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24/Jul/2024

G20: coordenação para resolver problemas globais

Para o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), não está claro o modelo que vai suceder o neoliberalismo, mas vários países ainda estão buscando uma solução para substituí-lo. Esse caminho passa pelo fortalecimento de bancos públicos, do Estado, e de taxações progressivas, com coordenação internacional. Várias democracias Ocidentais enfrentam hoje uma crise neoliberal, em um momento em que a demanda sobre o Estado é cada vez maior. Existem problemas globais que exigem coordenação internacional, como as transições climática e demográfica, além da taxação de grandes fortunas. No Brasil, a crise demográfica não aparece tanto porque o País não recebe tantos imigrantes, mas no resto do mundo é uma crise importante.

A reinvenção do Estado é um debate no Brasil e no mundo. A pandemia teve como um dos impactos o endividamento dos países, e agora é preciso reequilibrar o orçamento. Não é só um problema técnico, é político. É uma inconsistência do que as pessoas desejam do Estado e os que estão dispostas a pagar pelo Estado, e isso ocorre em todos os países. Diante da restrição dos orçamentos públicos, é preciso usar cada vez mais instrumentos financeiros, e os bancos públicos têm um papel importante nesse momento. Os bancos públicos podem emprestar a taxas mais baixas do que o mercado, direcionando esses recursos para áreas prioritárias, como vem fazendo o BNDES, com uma demanda cada vez mais crescente.

O Fundo Clima recentemente foi fortalecido com uma emissão do Tesouro Nacional, de US$ 2 bilhões, e já conta com US$ 20 bilhões para empréstimos, à taxa de 6,15% de spread, que para o Brasil é considerada uma taxa baixa. Já foram registradas demandas de R$ 32 bilhões até 2026. Esses instrumentos financeiros tendem a ganhar importância, com o fortalecimento dos bancos públicos e o papel do Estado. Uma agenda de taxação progressiva mundial de pessoas e corporações é necessária para recompor as receitas dos países. Uma taxação nessa escala exige coordenação internacional, já que qualquer país que tente fazer isso sozinho, provavelmente vai sofrer evasão de capital. Por isso, é muito importante que a taxação progressiva mundial seja um tema de coordenação dentro do G20 e isso é o que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem enfatizado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.