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22/Jul/2024

G20: Brasil espera aprovar declarações nas reuniões

O Brasil, que está na presidência do G20 neste ano, espera quebrar um jejum de dois anos e meio sem que declarações ministeriais sejam aprovadas no âmbito do fórum econômico. Esse hiato foi marcado por controvérsias e diferenças entre os países sobre o tratamento de questões geopolíticas nos documentos. O G20 não pôde aprovar declarações ministeriais nas duas últimas presidências, por conta de controvérsias e diferenças sobre questões geopolíticas, mas foi possível um acordo e, nesta semana, há expectativa de que várias ministeriais aprovem documentos de consenso dos ministros. A programação do G20 tem eventos concentrados no Rio de Janeiro nesta semana.

A necessidade de destravar a produção desses documentos ministeriais no G20 envolveu um acordo entre os membros para que as declarações consensuadas não exijam a inclusão de linguagem sobre assuntos geopolíticos. Em contrapartida, a presidência de cada grupo vai emitir um comunicado que abordará o tópico da geopolítica, documento adicional com texto acordado entre todos os países. É para destravar as declarações. Como estão programadas quatro agendas, a expectativa é de que cada encontro divulgue uma declaração consensuada entre os ministros representantes de cada país. A abertura dos trabalhos será nesta segunda-feira (22/07), com a reunião dos ministros do Desenvolvimento, que também se encontrarão nesta terça-feira (23/07). No caso desse grupo, um dos eventos discutirá o acesso à água e saneamento.

Os representantes estão negociando um documento para dar um "empurrão" na mobilização de recursos e intercâmbio entre instituições que trabalham com a expansão do acesso a esses serviços básicos. A outra temática que será tratada no GT de Desenvolvimento é a redução de desigualdades. Na quarta-feira (24/07) está programada a reunião ministerial da força-tarefa de combate à fome e à pobreza, que contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, num pré-lançamento da Aliança Global contra a fome. Na quinta-feira (25/07) e na sexta-feira (26/07), será a vez das reuniões dos ministros de finanças e presidentes dos Bancos Centrais. A expectativa é de que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, volte a defender a taxação dos super-ricos durante os encontros, além de enfatizar as discussões sobre a emergência climática.

Fora do Rio de Janeiro, em Fortaleza (CE), o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, vai presidir os encontros do GT de Emprego, em nível ministerial. Ao falar sobre o que classificou de avanços importantes da presidência brasileira no G20 durante o primeiro semestre, o sherpa do Brasil ressaltou o agendamento da reunião que ocorrerá em setembro na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) para discutir a necessidade de uma reforma da governança global. A reunião foi aprovada por todos os países do G20. Nada mais simbólico do que fazer isso na sede da ONU, com a presença dos países da ONU. O recorde de conflitos pelo mundo mostra que o sistema precisa ser atualizado. Lógico que o momento não é simples por conta das diferenças políticas. Mas, há necessidade urgente de avançar. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.