19/Jul/2024
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou a liberação de quantos créditos extraordinários forem necessários para combater os incêndios no Pantanal. Segundo ela, se for preciso, a equipe econômica fará a liberação dos recursos. A ministra elogiou o trabalho do governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), que tem trabalhado junto ao Executivo federal na preservação do Pantanal. A ministra fez um pedido para que o Congresso preserve os recursos do Orçamento de 2025 voltados ao Ministério do Meio Ambiente. De acordo com ela, é preciso que acabe com a polarização entre investir recursos no agronegócio ou no meio ambiente. Segundo a ministro, "não é uma briga aqui, uma `Escolha de Sofia', cuidar do agronegócio ou cuidar do meio ambiente. Vamos parar com essa polarização", acrescentou.
É preciso cuidar do agronegócio, que dá emprego, renda, sustenta, coloca comida mais barata na mesa, mas o agronegócio também tem que cuidar do meio ambiente. A ministra defendeu que o Brasil passe a fazer um planejamento de longo prazo. De acordo com ela, o investidor que olha para qualquer país quer segurança jurídica. O Brasil nunca planejou a longo prazo, comentou, citando apenas um planejamento de quatro em quatro anos. Segundo Tebet, o governo está autorizado a falar da estratégia Brasil 2050. De olho na imagem do País no exterior, a ministra afirmou que a Conferência do Clima sobre Mudanças Climáticas (COP30), que ocorrerá em novembro em Belém, no Pará, será uma "vitrine para o Brasil".
Segundo ela, será apresentado na conferência um grande projeto de crédito de carbono e títulos verdes. O governo trabalha para mostrar que o mundo precisa ajudar a financiar a Floresta Amazônica em pé. Tebet afirmou que a previsão é que, na COP30, seja inaugurada a primeira rota de integração, a Amazônica, da qual o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, "é entusiasta". No aspecto sustentável, a ministra enalteceu a implementação do sistema de ferrovias. Ferrovia é mais barata, mais segura e ecologicamente mais sustentável. Contudo, ela afirmou que o governo não tem dinheiro para fazer ferrovias e, por isso, disse ser a favor do modelo de Parceria Público-Privada (PPP). fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.