17/Jul/2024

De acordo com a atualização de julho do relatório Perspectiva Econômica Mundial (WEO) do Fundo Monetário Internacional (FMI), há uma leve alteração para baixo na projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil neste ano devido ao impacto econômico das enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul. Apesar disso, o FMI vê o País crescendo mais em 2025, justamente como fruto da recuperação do Estado após os danos causados pelas chuvas. A estimativa é de que o PIB do Brasil cresça 2,1% neste ano, abaixo da sua projeção anterior, de alta de 2,2%. Ainda assim, o crescimento do País em 2024 deve ficar acima do esperado para a região da América Latina e Caribe, de 1,9%, mas abaixo do desempenho previsto para mercados emergentes e em desenvolvimento, de 4,3%. O menor crescimento neste ano reflete o impacto de curto prazo das enchentes.

No entanto, o crescimento foi revisado para cima em 2025 para o Brasil para refletir a reconstrução após as enchentes e fatores estruturais de suporte (por exemplo, aceleração na produção de hidrocarbonetos). Para 2025, porém, o Brasil vai acelerar o passo. A economia brasileira deve avançar 2,4% no próximo ano, acima da projeção inicial, que apontava incremento de 2,1%, divulgada em abril. Em sua última revisão de cenário para o Brasil, quando melhorou sua estimativa, o FMI afirmou que a economia deveria moderar neste ano, devido à consolidação fiscal, aos efeitos defasados da política monetária ainda restritiva e a uma menor contribuição da agricultura. Com relação à América Latina e ao Caribe, há mudanças parecidas com as realizadas nas projeções para o Brasil. A previsão é de avanço de 1,9% no PIB da região neste ano, queda de 0,1% frente à estimativa anterior.

Para 2025, a projeção foi melhorada em 0,2%, para 2,7%. Além do Brasil, ajustes nas expectativas para a performance econômica do México também influenciaram na mudança do cenário previsto para a região. O PIB do México deve avançar 2,2% neste ano, 0,2% abaixo da projeção anterior, devido à moderação da demanda no país. Para 2025, a projeção para o México foi elevada em 0,2%, para 1,6%. Mas, ainda que tenha melhorado, representa uma importante desaceleração do ritmo visto nos anos anteriores. Sobre a Argentina, o cenário é ainda mais pessimista para a economia no primeiro ano do presidente Javier Milei. O país vai amargar queda de 3,5% no PIB neste ano, uma estimativa 0,7% pior que a última projeção, divulgada em abril. Contudo, a previsão é de forte recuperação em 2025, com o PIB avançando 5,0%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.