11/Jul/2024
Segundo relatório do braço da ONU para comércio e desenvolvimento (Unctad) divulgado nesta quarta-feira (10/07), o avanço da economia digital traz fardos para países em desenvolvimento e gera repercussões ambientais que estão se tornando crescentemente mais severas, sem que essas nações consigam receber benefícios, o que amplia a necessidade de adoção de estratégias para mitigar esse impacto. A implementação de modelos de economia circular que priorizem a reciclagem e recuperação de produtos digitais para diminuir o impacto ambiental e o descarte é uma das estratégias que deveriam ser adotadas para amenizar os efeitos da digitalização, diz o documento do órgão da ONU para o tratamento integrado entre comércio e desenvolvimento. O lixo relacionado a produtos digitais aumentou 30% entre 2010 e 2022, atingindo 10,5 milhões de toneladas globalmente.
Apenas 24% do lixo digital era formalmente recolhido em 2022, com uma taxa de recolhimento de apenas 7,5% nos países em desenvolvimento. Um dos dados citados no relatório mostra que os data centers consumiram 460 terawatt-hora (tWh) de eletricidade em 2022 e a expectativa é que essa demanda dobre até 2026. A produção de 2 quilos de computador requer 800 quilos de matérias-primas brutas. A otimização dos recursos para tornar mais eficiente o uso de matérias-primas e a adoção de uma regulação mais rígida também são vistas como outras estratégias necessárias para mitigar o impacto da digitalização. A Unctad defende a promoção de uma maior cooperação internacional entre as nações para assegurar acesso equânime a tecnologias digitais e recursos, endereçando impacto global do lixo digital e da extração de matérias-primas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.