09/Jul/2024
Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), os preços dos produtos agropecuários no atacado subiram 1,52% em junho, depois de uma alta de 0,38% em maio, dentro do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI). Os produtos industriais avançaram 0,19% em junho, ante uma elevação de 1,19% em maio. Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram aumento de 0,41% em junho, ante alta de 0,73% em maio. Os preços dos bens intermediários subiram 0,45% em junho, depois de aumentarem 0,88% em maio. Os preços das matérias-primas brutas registraram elevação de 0,80% em junho, após uma alta de 1,33% em maio.
As quedas nos preços do minério de ferro (-2,66%) e de alimentos como bovinos (-2,15%), mandioca (-3,89%) e mamão (-29,10%) lideraram o ranking de contribuições para a desaceleração da inflação no atacado medida pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) de junho. O IGP-DI saiu de uma alta de 0,87% em maio para uma elevação de 0,50% em junho. Em 12 meses, o índice acumulou aumento de 2,88%. O índice ao produtor antecipa o arrefecimento das pressões sazonais sobre os alimentos in natura, ao mesmo tempo em que mostra a desaceleração na variação dos preços dos alimentos processados. Esses movimentos indicam a redução da influência dos alimentos na inflação ao consumidor, conforme medido pelo IPC (Índice de Preços ao Consumidor), que também registrou desaceleração na taxa de variação do grupo alimentação. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI) passou de uma alta de 0,97% em maio para uma elevação de 0,55% em junho.
Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais desacelerou de 0,73% em maio para 0,41% em junho, tendo como principal contribuição o subgrupo alimentos processados, cuja variação passou de 1,92% para 1,14%. O grupo Bens Intermediários desacelerou de 0,88% em maio para 0,45% em junho, sob influência do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 1,74% para 0,30%. O grupo das Matérias-Primas Brutas saiu de uma alta de 1,33% em maio para avanço de 0,80% em junho. Houve contribuição dos itens: minério de ferro (de 4,75% para -2,66%), soja (de 5,01% para 2,69%) e bovinos (de -0,65% para -2,15%). As taxas foram mais elevadas nos itens café em grão (de -0,21% para 11,73%) e cacau (de -18,95% para 20,10%). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.