02/Jul/2024
A Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) afirmou que a fome e a miséria não podem ser aceitos na sociedade, o que significa que as urgências sociais impulsionam a trabalhar de forma conjugada a prioridade ambiental com a responsabilidade social e econômica. Por conta dessa necessidade, e considerando a diferença de realidades entre os hemisférios Norte Sul, o G20 (grupo que reúne os países com as maiores economias do mundo) precisa avançar em uma pauta ambiental diferenciada, dentro da responsabilidade social, que precisa ser resolvida com urgência. O Brasil é protagonista na exportação de alimentos para o mundo e não é possível ter fome no País. Foi abordada a redução de metano na agricultura e nos setores de resíduos urbanos, por meio da produção sustentável de biogás e biometano.
O metano é gás de efeito estufa (GEE), que aumenta a temperatura global. Contudo, é preciso tratar de forma diferente o metano de origem fóssil e não fóssil (biometano). Um exemplo é o etanol, que é obtido de matéria-prima que tem origem no processo fotossintético, produzindo oxigênio, capturando carbono e, por ser endotérmico, reduz o calor. Ao olhar o ciclo do etanol, percebe-se os benefícios na redução do impacto ambiental. Foi destacada a importância de posicionar melhor os ativos ambientais existentes no País e a necessidade de endereçar, de maneira correta, o tratamento do biometano, com o uso, por exemplo, de tecnologias europeias para contribuir com a transição energética.
O Brasil apresenta, em seu balanço de GEE divulgado pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), um passivo acima de 1 bilhão de toneladas de carbono advindo da agricultura, sendo a maior parte devido ao metano, atribuída a ruminantes. Porém, essa métrica do metano atribuída ao rebanho bovino apresenta controvérsias científicas. A Universidade de Oxford (Inglaterra) analisa que não é possível tratar os ruminantes como se fossem uma petroleira, pois eles já estão neste círculo natural a milênios de anos e se alimentam de biomassa. Assim, na COP30, espera-se que uma nova metodologia para o biometano, que contemple estes fatores da realidade do tema, em base cientifica reconhecida, sejam apresentadas pelo Brasil. Fonte: Abag. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.