01/Jul/2024

O Itaú BBA afirmou estar mais cauteloso com relação à dinâmica de preços da celulose a partir do segundo semestre de 2024. A demanda mais fraca no mercado consumidor chinês e a melhora das condições de oferta da commodity devem estabelecer um ambiente mais promissor para a redução de preços do produto. O momento para o segundo semestre de 2024 parece mais desafiador, com um mercado de papel enfraquecido na China, com fabricantes de papel enfrentando margens mais baixas e excesso de capacidade, e melhora na oferta de celulose por meio da normalização das interrupções de fábricas e novos volumes entrando no mercado com o Projeto Cerrado, da Suzano.

Repercutindo dados da Pulp and Paper Products Council (PPPC), entidade que reúne e rastreia dados de 80% do mercado global de celulose, o Itaú BBA destaca que as exportações globais de celulose atingiram 4,4 milhões de toneladas em maio, o que representa um resultado estável na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Se considerado os embarques deste volume por região, os envios da commodity para a China diminuíram 16% na comparação anual e na Europa houve incremento de 19% considerando o mesmo intervalo de comparação.

Os dados mostram que a queda nas vendas para o mercado chinês tem sido compensada pelo aumento das exportações para a Europa até o momento. Com relação aos preços da celulose de fibra curta, podem ter alcançado o pico em junho, quando foi negociada a US$ 740,00 por tonelada no mercado chinês e a US$ 1.440,00 por tonelada na Europa. Dito isso, 2024 é um ano forte para os preços da celulose. O período foi melhor que o esperado e, assim, há revisão para cima na projeção média de preços de venda da Suzano (US$ 705,00 por tonelada) e Klabin (US$ 725,00 por tonelada), valores US$ 35,00 por tonelada maiores em relação à estimativa anterior. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.