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28/Jun/2024

Índice de Preços ao Produtor sobe 0,45% em maio

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Produtor (IPP), que inclui preços da indústria extrativa e de transformação, registrou alta de 0,45% em maio ante avanço de 0,67% em abril. O IPP mede a evolução dos preços de produtos na "porta da fábrica", sem impostos e fretes, da indústria extrativa e de 23 setores da indústria de transformação. Com o resultado de maio, o IPP de indústrias de transformação e extrativa acumulou um aumento de 1,37% no ano, enquanto a taxa acumulada em 12 meses ficou em 0,17%.

Considerando apenas a indústria extrativa, houve queda de 4,98% em maio, após recuo de 3,58% registrado em abril. A indústria de transformação registrou alta de 0,74% em maio ante alta de 0,91% no IPP de abril. A alta de 0,45% nos preços dos produtos industriais na porta de fábrica em maio foi decorrente de elevações em 15 das 24 atividades pesquisadas. No mês de maio, os aumentos de preços mais acentuados ocorreram em máquinas, aparelhos e materiais elétricos (1,91%), alimentos (1,88%), vestuário (1,76%), farmacêutica (1,74%), papel e celulose (1,71%) e metalurgia (1,51%).

A principal queda ocorreu em indústrias extrativas (-4,98%). A atividade ajudou a conter a inflação do mês em -0,25%. Esse resultado para as indústrias extrativas tem a particularidade de os dois produtos de maior peso, óleo bruto de petróleo e minério de ferro, estarem com variação no mesmo sentido. Isso não ocorria, por um lado, desde fevereiro, quando os dois apresentaram variação positiva, e desde novembro de 2023, por outro, quando os dois apresentaram variação negativa. O setor de alimentos exerceu a maior pressão sobre o índice nacional, contribuindo com 0,45% para o IPP do mês.

Houve contribuição relevantes também dos aumentos na metalurgia (0,09%) e papel e celulose (0,06%). O avanço no setor de alimentos foi puxado, principalmente, por resíduos da extração de soja, leite e arroz. O açúcar teve uma queda mais acentuada de preço. No caso de resíduos de soja, há uma demanda internacional forte, que se alia a uma depreciação do real que vem ocorrendo. Quanto ao leite, o clima adverso, com seca e calor, diminuiu a produção nas bacias leiteiras. No caso do arroz, a situação recente vivida pelo Rio Grande do Sul acarretou problemas de logística para que o produto saísse do Estado, o que ocasionou esse efeito de alta nos preços.

Por outro lado, a colheita da cana-de-açúcar explica a queda no preço do produto observada em maio. A alta no IPP de maio foi o quarto avanço seguido no indicador. Com o resultado, o IPP acumulou uma alta de 0,17% nos 12 meses encerrados em maio de 2024. A taxa acumulada em 12 meses interrompeu assim uma sequência de 14 meses consecutivos em campo negativo. O IPP mede a evolução dos preços de produtos na "porta da fábrica", sem impostos e fretes, da indústria extrativa e de 23 setores da indústria de transformação. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.