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26/Jun/2024

Empresas buscando adotar práticas sustentáveis

De acordo com dados de pesquisa feita em março pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) em parceria com o Sebrae, em um cenário de crescente necessidade de adoção de práticas sustentáveis nos negócios, oito em cada dez empresas brasileiras informam serem adeptas do controle do consumo de energia e da separação de lixo para coleta seletiva. Medidas como o controle do consumo de água, energia e papel, o uso de energias alternativas (como a energia solar), a coleta seletiva de lixo, a destinação adequada de resíduos tóxicos, e a reciclagem e reutilização de materiais, demonstram a capacidade de empresas em alcançar eficiência operacional e gerar novas fontes de receita para os negócios. O controle do consumo de energia é a ação de sustentabilidade mais difundida no meio empresarial, adotada por 81,7% das empresas do País.

A prática é a mais recorrente entre todos os portes empresariais: adotada em 89% das médias e grandes empresas; 70% das micro e pequenas empresas; e 75% dos microempreendedores individuais (MEI). Isso se deve, principalmente, à alta dependência de energia elétrica nos processos produtivos, que vai desde grandes usinas siderúrgicas a artesãos que queimam madeira com eletricidade; e ao custo significativo deste insumo para as empresas. Quanto à separação de lixo para coleta seletiva, 79,2% das empresas adotam a prática: 87% das médias e grandes empresas; 67% das micro e pequenas empresas; e 64% dos microempreendedores individuais (MEI). O controle de consumo de papel ocorria em 77,9% das empresas brasileiras: 85% das médias e grandes; 65% das micro e pequenas; e 60% dos microempreendedores individuais (MEI).

O controle de consumo de água era adotado por 77,0% das empresas brasileiras: 85% das médias e grandes; 64% das micro e pequenas; e 67% dos microempreendedores individuais (MEI). As ações de sustentabilidade adotadas por menos de 70% das empresas brasileiras tendem a evidenciar uma maior diferença entre médias e grandes empresas e os pequenos negócios (MPE e MEI), em parte explicada pelas especificidades de cada atividade. A destinação adequada de resíduos tóxicos era adotada por 60,4% das empresas brasileiras: 69% das médias e grandes; 48% das micro e pequenas; e 32% dos microempreendedores individuais (MEI). A reciclagem adequada de pilhas, baterias e pneus ocorria em 54,6% das empresas brasileiras: 65% das médias e grandes; 38% das micro e pequenas; e 29% dos microempreendedores individuais (MEI).

O uso de matéria-prima ou material reciclável no processo produtivo era feito em 45,4% das companhias: 56% das médias e grandes; 31% das micro e pequenas; e 35% dos microempreendedores individuais (MEI). A coleta de água da chuva e/ou reutilização de água era praticada por 38,6% das companhias; e o uso de energia solar, por 34,6% das empresas. A comparação destes resultados com os de uma pesquisa realizada dois anos atrás pelo Sebrae sugere que todas essas práticas sustentáveis vêm se expandindo entre as MPE e MEI brasileiros. Conclui-se que a sustentabilidade ambiental está cada vez mais integrada às estratégias empresariais, demonstrando um compromisso crescente das empresas de todos os portes com a preservação ambiental. As ações de sustentabilidade não apenas favorecem a sobrevivência dos negócios, mas também desempenham um papel central na criação de valor e na mitigação dos impactos ambientais. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.