24/Jun/2024
Segundo a Natura & Co, o mercado não dá melhores condições de crédito e de valor para empresas que trabalham com responsabilidade socioambiental. A regulamentação do governo em relação aos impactos negativos causados pelas empresas é fundamental para que agentes financeiros consigam quantificar o custo desses problemas. Se a intenção é incentivar a iniciativa privada a desenvolver soluções socioambientais corretas dentro dos seus negócios, é preciso que os instrumentos institucionais sejam favoráveis do ponto de vista regulatório, de crédito ou de impostos. Porque isso custa.
É um custo que uma empresa pode não incorrer hoje, mas, nesse caso, ela distribui a conta de forma difusa para a sociedade. A Natura investe dezenas de milhões de Reais para neutralizar suas emissões de carbono. Não é uma obrigação, é uma escolha. Uma empresa que não seja carbono neutro no futuro será considerada pouco civilizada. A regulamentação sobre externalidades (impactos que as empresas causam na sociedade e no meio ambiente) poderiam levar a uma melhor precificação das ações positivas de companhias nesse sentido.
O governo tem papel relevante de mudar marcos regulatórios que vão forçar os agentes econômicos a valorizarem essas externalidades. O BNDES ressaltou que o País precisa ter urgência na regulação do mercado de carbono, justamente para motivar nos agentes de mercado um olhar do quanto a falta de compensações ou reduções de emissões pode custar. Para inserir o Brasil de modo competitivo no cenário mundial, isso é fundamental. O mundo está levantando barreiras. O Brasil tem que ser eficientes e aprovar essa legislação porque outros países têm capacidade fiscal maior do que o Brasil e estão subsidiando produtos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.