19/Jun/2024
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, voltou a afirmar que o Plano Safra 2024/2025, que começa em 1º de julho, terá volume recorde de recursos para crédito rural. O ministro fez a afirmação após participar de uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e parlamentares da bancada do agronegócio. Fávaro disse que saiu otimista da reunião no Ministério da Fazenda e que as equipes já falaram em valores e números para a política de crédito oficial. O ministro classificou a reunião como importante para colher as sugestões da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) junto à Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e à Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) para números e propostas do Plano Safra. Foi uma reunião bastante resolutiva e o Plano Safra 2024/2025 será ainda melhor e maior que o anterior, que foi recorde e que vai atender cada vez mais a necessidade dos produtores, acrescentou Fávaro.
A ampliação dos recursos para subvenção ao seguro rural e para comercialização também foram tratados na reunião. O Plano Safra 2024/2025 para médios e grandes produtores deve ser anunciado na próxima quarta-feira (26/06) em Rondonópolis, Mato Grosso. A data do anúncio ainda está sendo fechada conforme a agenda presidencial. O pedido do Ministério da Agricultura é por R$ 452,3 bilhões para financiamentos para médios e grandes produtores na safra 2024/2025, 24% mais ante os R$ 364,2 bilhões ofertados para custeio, investimento e comercialização da agricultura empresarial na safra passada. O ministro reafirmou que o próximo Plano Safra será recorde e que o compromisso de disponibilidade de um maior volume de recursos com juros compatíveis para a atividade está mantido, inclusive pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Questionado sobre o orçamento para a equalização de juros no Plano, o ministro argumentou que se torna menos relevante o volume destinado para esse fim se houver um maior direcionamento de recursos, por exemplo, da poupança rural, das Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e do depósito à vista. O que faz com que seja um custo bem reduzido e os bancos possam atender os produtores nas menores taxas possíveis. Segundo ele, esse foi um ponto de entendimento durante a reunião. O governo fez um Plano Safra recorde em 2023/2024, e o único senão colocado pela FPA naquele momento é que o volume de recursos para equalização não foi o esperado. Agora, a FPA veio com proposta de grande volume para equalização.
O ministro da Agricultura, por sua vez, afirmou que é preciso também entender a dificuldade do ministro Fernando Haddad pelo aspecto fiscal, uma vez que ele é cobrado para zerar o déficit público, apontando para um "contrassenso" entre essa cobrança e o pedido por um volume muito alto para equalização. Mas, o compromisso de maior volume de recursos com juros compatíveis com a atividade está mantido, inclusive pelo ministro Haddad, que pode ser através de maior direcionamento das fontes de recursos que são de baixo custo, que podem transferir também a baixo custo para produtores. Fávaro também classificou a reunião como muito "produtiva e resolutiva".
Embora não tenha antecipado os valores que serão destinados ao próximo Plano Safra, o ministro garantiu que ele será ainda melhor que o recorde alcançado no último lançamento. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o volume de recursos destinado ao Plano Safra 2024/2025 dependerá dos cálculos feitos pelo Tesouro Nacional. Haddad apenas garantiu que o programa será mais robusto que o do ano passado. O Plano Safra será maior do que no ano passado, isso pode ser afiançado, mas o tamanho dele, quão maior, depende dos cálculos do Tesouro. De acordo com o ministro, os trabalhos em torno do programa serão concluídos ainda esta semana, entregues ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na segunda-feira (24/06), e divulgado até a quarta-feira (26/06). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.