13/Jun/2024
É com incredulidade que autoridades do governo assistem ao "fogo amigo" contra o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acentuado após mais uma derrota no Congresso. Com indicadores decadentes de popularidade, o Lula 3 tem de se fiar em sua equipe econômica para dar continuidade ao trabalho. A avaliação de alguns agentes é a de que pouco sobraria do governo sem os interlocutores que, como Haddad e sua equipe, ainda prezam por variáveis caras ao mercado financeiro, como sustentação fiscal e política monetária adequadas e, de preferência, articuladas. Sobraria só a possibilidade de a atual administração se tornar o governo Dilma 2 e correr até o mesmo risco de não terminar bem.
O presidente Lula tem consciência disso. As pessoas estão com emprego, conseguem ir ao supermercado e sair de lá com alimentos para suas famílias. Se a economia estivesse mal, a situação do governo estaria ruim de verdade. Ataques ao comandante da Fazenda não são novos. A diferença agora é que as variáveis econômicas são vistas como o ponto forte do governo, já que não conta com uma base de apoio como aconteceu nos Lula 1 e 2. Esta não é a primeira vez que Haddad fica na berlinda, mas que acaba se saindo bem. Lembrou do tom conciliador do ministro, que busca apresentar dados em suas argumentações, mesmo quando é confrontado diretamente por interlocutores com visões opostas à sua.
Um ponto de vantagem para Haddad seria também o relacionamento pessoal de mais de três décadas com o presidente. Por isso, alguns agentes do governo têm minimizado as ofensivas diretas a Haddad e denominando-as apenas como ‘fumaça’ em meio ao trabalho apresentado até aqui. Na equipe econômica, a diretriz é a de continuar atuando e ignorar os ruídos para que não interfiram nas entregas. Há também a garantia de que não haverá recuo no trabalho de manter o País nos trilhos fiscais, ainda que seja uma tarefa repleta de obstáculos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.